MS mostra Estado sustentável e pioneiro em programas de preservação na abertura da Rio+20

14 JUN 2012 • POR Douranews • 10h09
No primeiro dia da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, o Mato Grosso do Sul mostrou as diversas ações e projetos que estão garantindo uma agropecuária sustentável. No espaço Agro Brasil, estande da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), a comitiva formada pela secretária estadual de Produção, Tereza Cristina Correa da Costa, além de representantes do setor produtivo sul-mato-grossense apresentou “cases de sucesso de sustentabilidade” implantados no Estado.

Durante toda esta quarta-feira (13), quem passou no Espaço Agro Brasil, localizado no Píer Mauá, conheceu a potencialidade turística de Mato Grosso do Sul e teve acesso aos novos conceitos da tecnologia utilizada pelo setor destinado à produção de alimentos com conservação ambiental.

A secretária Tereza Cristina ministrou palestra sobre as características de Mato Grosso do Sul, apresentando dados como a economia, projetos estratégicos e logística para o escoamento da produção, além de pontos turísticos e de preservação do meio ambiente, como o Aquário do Pantanal. “Mato Grosso do Sul é um estado verde e queremos mostrar o que ele está fazendo pelo meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Vamos mostrar que é possível produzir com sustentabilidade, incentivando o plantio do milho, soja e recuperando os solos para pecuária intensiva e mais moderna”, ressaltou.

“Mostramos ao mundo que o Pantanal está preservado, produzimos no Pantanal e mesmo assim o Estado conta com mais 87% do seu bioma preservado”, destacou. Durante o encontro, o governo do Estado e a Embrapa Gado de Corte apresentaram uma publicação, fruto de mais uma parceria da Seprotur (Secretaria de Produção e Turismo) e as unidades de Campo Grande e Dourados.

De acordo com o chefe geral da Embrapa Gado de Corte, Cleber Oliveira Soares, este trabalho consiste num levantamento de todas as cadeias produtivas como a de grãos, sucroalcooleira e gado de corte. Este trabalho mostra que nos últimos cinco anos o Estado mitigou 47 milhões de toneladas de CO2 e isso equivale a três anos de emissão de gases da cidade de São Paulo. “É um cenário importante e estratégico porque é uma análise dos últimos dez anos. Pode-se achar pouco, mas não é, porque isso equivale a 4,7 milhões de hectares de florestas plantadas”, informou.

Sustentabilidade

Presente ao evento, o superintendente da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste), Marcelo Dourado, disse que a participação de Mato Grosso do Sul na Rio+20 é fundamental já que o Centro-Oeste é referência de um celeiro de produção de alimentos do Brasil e do mundo. “A preocupação é grande de aliar desenvolvimento econômico, social e ambiental. Isso é fundamental para dar a sustentabilidade e o governo de Mato Grosso do Sul tem essa preocupação. O objetivo é aliar tudo isso com índices de IDH cada vez mais elevados e essa equação é extremamente exitosa para atingir o desenvolvimento sustentável do planeta”, comentou.

Conforme Marcelo Dourado, está em andamento um programa chamado “Pasto Verde” que será implantado por meio de convênio de capacitação de técnicos para a recuperação de áreas degradadas no Estado. “Isso mostra como é importante reduzir índices de desmatamento, mas recuperar áreas degradáveis, aumentar a produtividade e tornar estas áreas em produtivas. O estado é piloto”, anunciou.

Cases de sucesso

Com o apoio do governo do Estado, diversas ações vêm sendo desenvolvidas em Mato Grosso do Sul, trazendo mais eficiência nas cadeias produtivas. Durante a Rio+20, diversas entidades mostraram suas experiências de sucesso como o uso de biogás de suinocultura e bovinocultura para geração de energia. De acordo com o engenheiro mecânico, Marco Aurélio Candia Braga, o produtor além de produzir alimento vai produzir energia elétrica. “A gente pode transformar um biogás desperdiçado em energia. A nossa produção industrial está aliada a produção agrícola e vamos passar a ter uma indústria verde. Queremos mostrar aqui na Rio+20 que a nossa produção é sustentável”, salientou. A iniciativa deverá ser utilizada na cidade de Rio Verde na produção de cerâmica.

Já o presidente da Associação de Produtores de Novilho Precoce de Mato Grosso do Sul, Alexandre Scaff Raffi, falou sobre os avanços da pecuária do novilho precoce. “Vamos mostrar como a agropecuária evoluiu. Um animal que morria com cinco ou seis anos, hoje morre com três anos onde há diminuição do impacto do meio ambiente, com retorno financeiro melhor e mostrando que isso é possível no estado e no Brasil”, disse.

A produção sustentável no Pantanal também foi apresentada pelo presidente da ABPO (Associação Brasileira de Produtores Orgânicos), Leonardo Leite de Barros. “Acho extremamente positivo o governo do estado assumindo o compromisso de trazer os casos de sucesso do Estado para este fórum que discute a sustentabilidade. O estado hoje está muito adiantando do ponto de vista ambiental, social e relacionados à rentabilidade de novas fórmulas de produção”, argumentou.

Outros casos de sucesso também foram apresentados como a redução do aquecimento global pela eficiência dos sistemas de produção pela Embrapa Gado de Corte e ainda o projeto de gestão de resíduos sólidos do Sebrae.