Negociação salarial de enfermeiros vai ser resolvida em dissídio

Representantes de clínicas e hospitais permanecem irredutíveis em negociação salarial

21 JUN 2012 • POR Douranews • 10h48
Os trabalhadores da área de enfermagem, funcionários de hospitais e clínicas de Dourados, terão que aguardar agora pelo dissídio coletivo [ação ajuizada no Tribunal Regional do Trabalho visando solucionar conflitos entre as partes] para saber se terão, ou não, a reposição salarial reivindicada em várias rodadas de negociações com o setor patronal.

Os profissionais da área reivindicam 15% de reajuste sobre o salário base, mais 40% de insalubridade sobre o salário mínimo e abono de assiduidade da ordem de 5% sobre o mínimo, entre outras clausulas das questões sociais previstas na Convenção Coletiva de Trabalho. Os empregadores chegaram à contraproposta máxima de 7,22%, porém sobre a hora trabalhada.

“Isso é indecente”, reagiu a sindicalista Maria Francisca, que conduziu as negociações da base de Dourados com os representantes das entidades empregadoras. Segundo ela, “quando for aprovada a proposta de redução da jornada de trabalho [atualmente em tramitação no Congresso Nacional], esse reajuste proposto pelos hospitais vai se transformar em R$ 42 de aumento de salário no mês”.

De acordo com a representante sindical dos trabalhadores em Dourados, os enfermeiros reivindicam ainda uma folga de 6 horas a cada plantão de 12 horas trabalhado, vale-alimentação de R$ 300 e acomodação hospitalar adequada no ambiente de trabalho. Outra reivindicação é a promoção funcional, de auxiliar técnico a técnico e destes para técnico de enfermagem.