Menina de 10 anos é estuprada e mãe denuncia participação de sobrinho no crime

28 SET 2012 • POR • 15h40
Midiamax



M. teve uma das notícias mais difíceis para uma mãe: a filha de 10 anos sofreu violência sexual, com conjunção carnal. O mais indignante para ela, além do crime de estupro, foi saber que um primo da vítima a atraiu até a casa do agressor L., um menino de pouco mais de 12 anos. O fato aconteceu no início da noite de quinta-feira passada, 20.

De acordo com relatos da vítima para a mãe, logo que saiu da escola foi abordada pelo primo, que tem 12 anos e outro garoto mais ou menos da mesma idade. Os dois disseram que estavam formando um grupo de dança e a convidou para participar. Interessada, a menina acompanhou os dois, sem saber que estava sendo atraída à casa de um menino de pouco mais de 12 anos que costumeiramente fica sozinho em casa até a chegada dos pais do trabalho.

“Eles disseram pra ela que já tinha outras pessoas na casa já fazendo dança”, conta a mãe. Segundo M. a filha disse que chegou a casa e deixou o material escolar na sala e em cima de uma cadeira. Depois disso foi levada pelo primo e outro garoto até um quarto. Lá estava L., o agressor.

“Ela me contou que seguraram ela, tiraram a roupa dela e passaram a mão no corpo dela. Depois o primo e o guri que a levou pra casa saíram do quarto e deixaram ela com o L.”, diz a mãe com voz embargada.

Conforme a menina, o primo e o menino que a abordou na porta da escola foram para o lado de fora e ficaram espiando pela janela. “Enquanto isso o L. a imobilizou e fez aquilo (violência sexual com penetração anal) com ela”, conta a mãe.

A mãe relata que a filha sempre sai da escola e se elas desencontram no caminho a menina vai direto para casa e se eventualmente vai para a casa do pai, um dos dois acaba ligando para avisar. No dia do crime a mãe disse que foi busca-la, mas chegou lá e C. já tinha ido embora, na verdade já estava em companhia do primo e do outro garoto pensando que estava indo conhecer um grupo de dança e poderia fazer parte dele.

Como não encontrou a filha, M. disse que retornou para casa, mas lá a menina não estava. “Eu e meu marido (padrasto da vítima) decidimos aguardar e depois fomos procura-la na região, mas nada. Daí resolveram ir até a casa da avó paterna da vítima. A criança estava lá e já havia recebido auxílio dos familiares. “Ela disse que conseguiu escapar e correu pra lá porque era mais perto”, conta a mãe.

Depois de saber do fato, uma tia da vítima ligou para a Polícia Militar, que foi até a casa e orientou que a menina fosse levada para atendimento médico e depois para fazer exame de corpo de delito. Segundo a mãe, já no Instituto Médico Legal foi informada que a menina tinha sofrido abuso sexual. De acordo com ela, o ato aconteceu sem uso de preservativo, mas no quarto onde foi violentada havia revista pornográfica e camisinhas.

Durante entrevista de M. ao Midiamax, a avó materna chegou. Ela afirma que ao saber que o primo da neta era conivente no crime disse que ficou abismada. “A gente já não pode mais confiar em ninguém. Quando disseram que o H. estava envolvido pensei que era mentira. O mundo está realmente perdido e as pessoas nada confiáveis”, lamentou.