sexta, 29 de março de 2024

Médicos suspendem atendimento a planos de saúde

01 setembro 2011 - 13h20

Paralisação das especialidades vai desta quinta (1º) até 30 de setembro.
Categoria quer aumento no valor das consultas e mais autonomia.

G1

A partir desta quinta-feira (1º), os médicos de São Paulo vão suspender o atendimento eletivo a planos de saúde por especialidade em São Paulo. O protesto é promovido pela Comissão Estadual de Mobilização Médica para a Saúde Suplementar. A categoria reivindica um aumento nos valores pagos pelos planos pelas consultas e questiona a interferência das operadoras na autonomia dos médicos. Os anestesistas também vão acompanhar a paralisação.

A paralisação, aprovada em assembleia em junho, será em esquema de rodízio. A primeira categoria a aderir ao protesto é a dos ginecologistas e obstetras. Até o dia 3 de setembro, os médicos dessas duas especialidades não vão atender pacientes vinculados a todos os convênios. Nessa quinta, está previsto ainda um protesto dos médicos durante um congresso da categoria, que acontece na Zona Sul da capital.

As outras especialidades, no entanto, irão interromper o atendimento inicialmente aos seguintes planos: Ameplan, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Intermédica, Notredame e Volkswagen, de acordo com nota da comissão, composta pela Associação Paulista de Medicina (APM), Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Sindicatos dos Médicos, Academia e Sociedades de Especialidades.

Inicialmente, a categoria havia informado que 12 planos de saúde seriam alvo dos protestos. De acordo com a nota da comissão, um grupo de empresas se mostrou aberta ao diálogo. Outras, no entanto, apresentaram “propostas consideradas insuficientes”. Por isso, elas terão um mês de prazo para a readequação de propostas. “Se as negociações não chegarem ao aguardado, tais empresas entrarão no rodízio de suspensão do atendimento a partir da próxima fase do movimento, em outubro”, diz o comunicado.

Os médicos decidiram na assembleia que as urgências e emergências “serão garantidas e os protestos dos médicos terão continuidade até que todas as empresas procuradas se posicionem”.

A pauta de reivindicações do movimento estadual inclui: consulta a R$ 80 e procedimentos atualizados de acordo com a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), inserção do índice de reajuste anual nos contratos entre médicos e empresas e fim das interferências sobre a autonomia do médico.

Atendimentos suspensos
De 1 a 3 de setembro - ginecologia e obstetrícia
De 3 a 6 de setembro – dermatologia
De 8 a 10 de setembro – otorrinolaringologia
De 14 a 16 de setembro – pediatria
De 16 a 19 de setembro – cardiologia
De 19 e 20 de setembro - ortopedia e traumatologia
De 21 a 23 de setembro – pneumologia
De 28 a 30 de setembro – cirurgia plástica

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