quinta, 28 de março de 2024
ECONOMIA

Supervalorização do dólar preocupa empresários de Pedro Juan

06 dezembro 2019 - 14h30Por Vinicios Araújo

A supervalorização do dólar no Brasil está preocupando os comerciantes na fronteira. A Associação Comercial de Pedro Juan Caballero teme que os resultados das vendas neste final de ano não atinjam a expectativa devido a baixa do real diante da moeda americana. 

Em entrevista ao Conesul News, o presidente da entidade Alejandro Esteban Benítez Aranha, afirmou que a expectativa é de que neste mês sejam movimentados de U$ 20 a U$ 25 milhões, em vendas gerais, na linha internacional entre Ponta Porã e Pedro Juan.

“Nós tivemos uma reunião entre os associados e a maioria está preocupada. Não havíamos vivido um momento tão difícil na fronteira desde os últimos 40 anos. Estamos enfrentando uma longa crise e além disso, dependemos do Brasil. Se a economia do Brasil não vai bem, pra nós também não vai. Com a alta do dólar sobre o real, a nossa esperança é de que as coisas melhorem com o pagamento do 1° lote de décimo terceiro salário”, disse.

No mês passado a moeda americana atingiu a maior cotação da história: R$ 4,207. Esse aumento veio progredindo desde o leilão do pré-sal, em 6 de novembro. A expectativa do mercado era de que a venda atraísse grandes compradores internacionais, aumentando a presença do dólar no Brasil, o que não aconteceu. 

Alejandro acredita que neste mês a fronteira deve ser visitada por mais de 20 mil pessoas, movimentando não apenas o comércio, mas o setor hoteleiro, gastronômico e também nos postos de combustíveis. 

Ele conta ainda que não devem ser abertas vagas temporárias de contratação. Pelo contrário, em algumas lojas funcionários estão sendo demitidos. “Pequenos negócios estão dispensando equipes de limpeza e os próprios vendedores estão realizando esse serviço”, revelou.

O representante dos empresários espera que o dólar estabilize logo e traga tranquilidade para o comércio paraguaio. Alejandro reconhece que o governo brasileiro não tem medido esforços para garantir uma boa condição econômica, no entanto ele também avalia perda de chances de assegurar a variação da moeda americana.

“Além disso há muita especulação dos grandes administradores de câmbio, com muitas vantagens de proveito individual. Esperamos que a economia do Brasil melhore no próximo ano, e com isso, também beneficie o comércio da fronteira. Os cidadãos terão mais recursos e poderão gastar mais”, finalizou.

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