sábado, 20 de abril de 2024

Traficante é assassinado e queimado no distrito de Zanja Pytá, em Pedro Juan

15 agosto 2011 - 22h00Por Fonte: Matéria
Esposa da vítima é flagrada por câmera de segurança ‘desovando’ veículo e já está presa

Na tarde deste domingo, por volta das 17h, policiais do Departamento de Investigação de Delitos de Pedro Juan Caballero (Paraguai) encontraram os restos de um corpo parcialmente queimado às margens da estrada que demanda ao distrito paraguaio de Zanja Pytá, a cinco quilômetros de Pedro Juan.

De acordo com o chefe da Seção de Criminalística, oficial inspetor Rufino López, o homem foi assassinado com pelo menos 40 facadas e golpes de um objeto contundente, possivelmente um martelo, na cabeça. O cadáver foi jogado na beira da estrada e depois incendiado com gasolina, mas não chegou a queimar completamente.

A vítima foi identificada como sendo o brasileiro Carlos Plínio Moreira Godoy, oriundo da cidade de Cuiabá, capital de Mato Grosso. Em consulta à polícia brasileira, as autoridades paraguaias foram informadas de que Carlos Godoy teria extensa ficha criminal, com passagens por tráfico de drogas e homicídios no Brasil.

Na manhã de hoje a polícia paraguaia prendeu a mulher de Godoy, Ednalva Benedito da Silva, 40 anos, suspeita de participação no crime. Ela foi flagrada por câmeras de segurança de um posto de combustíveis, quando em companhia de outro elemento, abandonou o veículo do marido, uma BMW, cor prata, placas ALR-489, do Paraguai.

Segundo testemunhas, ela chegou ao posto localizado na linha internacional no início da madrugada, em companhia de um desconhecido, e deixou o carro no pátio alegando que ele tinha ‘problemas mecânicos’. Logo em seguida, segundo as imagens, o casal embarcou em uma camioneta de cor branca com outros elementos a bordo e fugiu.

Informados sobre o veículo abandonado, agentes da Subcomissaria do bairro Industrial foram ao posto fazer a checagem. Até então o corpo da vítima não havia sido localizado. No interior do carro encontraram um punhal e manchas de sangue, além de uma conta de energia da Ande (similar à Enersul, do lado brasileiro), através da qual chegou ao cliente uma pessoa.

No endereço da fatura de luz, os agentes de Investigação conversaram com o cliente cujo nome constava na conta, e este informou que era de um prédio de sua propriedade, que havia alugado há cerca de um mês para Carlos Godoy e sua esposa Ednalva da Silva. Neste endereço a polícia foi recebida por Edinalva.

Quando os policiais perguntaram onde estava o marido dela, a mulher os surpreendeu, respondendo: “está morto”. Ela contou que na madrugada de domingo estava com seu amásio circulando de BMW, quando foram interceptados por uma camioneta branca, que não soube informar a placa, na qual estariam três elementos e que um deles seria ‘Diosnel’ de tal, de nacionalidade brasileira, que seria residente em Amambai (MS).

Ednalva disse que os desconhecidos obrigaram ela e o marido a acompanhá-los na camioneta e que foram levados para a periferia da cidade. Na estrada, segundo declarou a mulher, os elementos mataram seu marido com uma arma branca (punhal) e que ela conseguiu fugir pelo mato, voltando à sua residência. Até então o corpo não havia sido encontrado.

O motivo do crime, segundo ela, teria sido ajuste de contas, pelo fato de Carlos Godoy estar devendo R$ 30 mil ao tal ‘Diosnel’, por uma carga de drogas. Contudo, a versão da mulher é desmentida pelo guarda da vítima, o que leva a polícia a acreditar que ela esteja envolvida no assassinato e incineração parcial do corpo do marido.

Numa das versões da mulher, que aparentava estar sob efeito de drogas quando foi presa, disse que o marido havia sido executado a tiros e que na hora de fugir também fora alvo de disparos dos desconhecidos, que não a acertaram. Entretanto, a polícia não encontrou nenhuma cápsula de munição deflagrada no veículo e nem na estrada.

Logo depois ela apresentou a versão do assassinato com arma branca. Após a localização do cadáver parcialmente queimado, foram feitos os levantamentos do local pelo agente fiscal (promotor de Justiça) Justiniano Cardozo e pela forense (legista) Mildre López. Ednalva da Silva encontra-se recolhida na sede do Departamento de Investigações, à disposição da Fiscalia (Ministério Público).

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