Através das redes sociais, a estudante da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) vítima de estupro ocorrido na noite de quarta-feira (17), divulgou depoimento no qual relata como aconteceu a abordagem do abusador e os procedimentos enfrentados por ela após ter sido vítima de violência sexual.
Por volta das 19h30, a aluna caminhava pela rua Quintino Bocaiúva em direção a Fadir (Faculdade de Direito e Relações Internacionais). Ela conta que um homem que estava em uma moto se aproximou por trás e a ameaçou dizendo estar armado.
Ela foi levada para os fundos de um terreno baldio onde viveu momentos de terror, sendo obrigada a tirar a roupa para e em seguida ser estuprada.
"Ele dizia para eu não gritar e eu confirmava dizendo que não o faria. Ele mandou que eu deitasse no chão. Ele mandou que eu tirasse a calça e a calcinha. Ele me penetrou algumas vezes. Ele levantou. Ele foi embora", diz o relato.
No depoimento compartilhado publicamente em perfil de rede social atribuído ao DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UFGD, a vítima detalhou que em seguida foi até a unidade da Fadir onde pediu ajuda de colegas de curso e acionou a Polícia Militar.
Além do relato chocante detalhando a abordagem e ação do estuprador, a estudante contou sobre o trauma, procedimentos burocráticos para elaboração de boletim de ocorrência que deu início as investigações e das injeções e rotina de remédios que será obrigada a ingerir por um quase um mês.
"Fiz exame de sangue. Fiz o corpo delito. Lembro de tirar a calça para colocar o roupão do hospital e perceber que ela e o chão estavam sujos de terra. Sai do banheiro chorando e pedindo desculpas pela bagunça. Pedi para uma amiga notificar o ocorrido nos grupos das turmas. Quero que todos saibam o que aconteceu comigo. Não quero que ninguém passe pela mesma situação, nem nenhuma parecida", diz outro trecho do depoimento.
Nesta sexta-feira (19), o Dourados News contatou a Assessoria de Comunicação da UFGD. A instituição informou que desde que teve conhecimento da situação, a universidade "tomou prontamente todas as providências possíveis".
Uma reunião foi realizada nessa quinta-feira (18) envolvendo a comunidade acadêmica, coordenação da UFGD e o 3º BPM (Batalhão de Polícia Militar) para discutir as medidas a serem tomas com urgência visando garantir a segurança dos milhares de estudantes que frequentam a região onde a aluna da Fadir foi violentada.
Segundo a assessoria de comunicação do 3º BPM, estão sendo realizadas desde ontem (18) ações preventivas no quadrilátero formado pelas ruas Firmino Vieira de Matos, Manoel Santiago, Balbina de Matos e Ponta Porã.