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Brasileira é estuprada, torturada e morta na fronteira, afirma polícia

13 janeiro 2016 - 10h00Por G1
A Polícia da Bolívia investiga o caso de uma brasileira de 26 anos, encontrada morta na noite de sexta-feira (8) em Puerto Quijarro, cidade que faz fronteira com Corumbá. A jovem teria sofrido tortura, violência sexual e residia no interior de São Paulo.

O comandante da polícia do país vizinho, Hugo Justiano, confirma que o crime ocorreu na última quinta-feira (7), mesma data em que a vítima deixou de fazer contato com a família. Ele não descarta a possibilidade dela estar envolvida com o tráfico de drogas. Na ocasião, ainda conforme a polícia, a jovem estava com as mãos e os pés amarrados, além de sinais de tortura. No entanto, eles não acharam nenhuma marca de tiro ou perfuração por arma branca.


Já o laudo pericial apontou que ela sofreu violência sexual e posteriormente foi estrangulada. Todas as características, ainda conforme o comandante, indicam a suspeita de um acerto de contas. O corpo também teria sido levado para uma câmara fria em Santa Cruz de La Sierra.

Segundo o advogado Roberto Lins, a família deve chegar em Corumbá na proxima quinta (14). Lá eles vão dar início aos procedimentos necessários de translado do corpo.

Ao G1 o delegado Pablo Gabriel Gabriel Farias, da 1ª Delegacia de Polícia do município, disse nesta terça-feira (12), que ainda não foi procurado pela família da vítima.

"Eu apenas conversei com o esposo por telefone, para ele não chegar na cidade e ficar perdido com relação a documentação. A polícia boliviana também não entrou em contato e estou acompanhando os detalhes", comentou o delegado.

Segundo a família, que é de Campinas (SP), Priscila Franco da Silva estava fazendo compras no país vizinho. Na noite do crime, a polícia boliviana não encontrou nenhuma documentação com a jovem e, por isso, ela foi dada como indigente. A família só foi reconhecer a vítima no último domingo (10), por meio de fotos compartilhadas em uma rede social.

A tatuagem com o nome do marido ajudou na identificação. A última vez que ele conversou com a esposa foi há seis dias. "A última vez que eu conversei com ela foi na quinta-feira. Ela falou para mim assim: Mor, eu tô quase chegando em Corumbá. Assim que eu chegar na rodoviária eu compro um crédito para falar com você e os meninos. Aí eu falei: tá bom!"

Como o crime ocorreu do outro lado da fronteira, quem está a frente da investigação é a polícia boliviana. Dessa maneira, a polícia brasileira não pode interferir no caso. "Foi orientado que ele procurasse a embaixada brasileira, lá na Bolívia e a embaixada boliviana aqui no Brasil para verificar o trâmite, fazer a identificação desse corpo, pegar a certidão de óbito e conseguir trazer o corpo para o Brasil", explicou o delegado Pablo.

Priscila estava grávida de sete meses. Ela deixa dois filhos de quatro e seis anos de idade.

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