G1 MS


A juíza Silvia Eliane Tedardi da Silva, da 1ª Vara de Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande, negou na sexta-feira (14), o pedido de revogação da prisão preventiva do enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, que é acusado de prática de aborto e ocultação de cadáver da jovem Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos.

Gomes está preso desde o dia 13 de julho na Delegacia de Polícia de Sidrolândia. Segundo a polícia, ele é acusado de ter praticado o aborto malsucedido que teria provocado a morte de Marielly.

Esse é o segundo pedido de liberdade negado pela Justiça para o enfermeiro. No dia 26 de setembro o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) negou o pedido de habeas corpus da defesa do acusado.

O advogado do enfermeiro, David Moura Olindo, diz que além de negar a revogação da prisão a juíza também não aceitou que o processo contra Gomes fosse desmembrado da ação contra o outro acusado de envolvimento no crime, Hugleice da Silva, que é cunhado de Marielly.

“Pedi o desmembramento para tentar agilizar o julgamento, mas a juíza não aceitou o argumento”, comenta o advogado, completando que entrou no dia 7 de outubro com um novo pedido de habeas corpus para seu cliente, mas, desta vez, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). “A expectativa é que o mérito do pedido seja julgado no começo de novembro”, projeta Olindo.

Outro acusado
Já o outro acusado de envolvimento no crime responde ao processo em liberdade. Ele saiu da prisão no dia 19 de setembro, após o TJ-MS aceitar o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa dele.

O advogado de Silva, José Roberto Rodrigues da Rosa, alegou que o cunhado tem bons antecedentes, tem trabalho, se apresentou de forma espontânea a polícia após ter a prisão decretada e colaborou nas investigações, já que confessou o crime.