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Polícia investiga denúncia de que avó, pai e tio abusariam de criança

04 novembro 2011 - 15h10
Midiamax

A mãe de um menino de três anos de idade denunciou o próprio pai da criança, além de um tio e da avó, por suposto abuso sexual contra o garoto.

O caso aconteceu em Campo Grande e é investigado pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente). Além disso, a mulher, de 30 anos, denunciou o ex por ameaças que recebeu após descobrir os abusos.

Ela procurou a reportagem através do advogado João Oswaldo Barcellos e relatou que recentemente ficou aterrorizada ao saber que o filho de três anos era vítima de abuso sexual e que o autor seria o próprio pai do menino, que tem 29 anos.

A criança, segundo a mãe e o advogado, revelou que também teria sido molestada pela avó de aproximadamente 50 anos e um tio de 26. O garoto teria contado à mãe que era envolvido na prática de sexo oral e masturbações. Ele, inclusive, teria presenciado cenas de incesto entre avó e pai.

A mulher começou a desconfiar a partir da mudança de comportamentos da criança que começou a ficar mais agressiva após passar os finais de semana na casa no pai. No dia 4 de outubro, enquanto dava banho no filho, a mãe percebeu que a criança estava com o órgão genital machucado.

O menino não contou o que ocorreu para a mãe, mas teria revelado os abusos para o avô materno, que gravou a conversa e os relatos do menino.

No dia seguinte, foi feito um boletim de ocorrência e posteriormente os exames psicológicos que afirmaram que a criança é vítima de abuso. "Ele ficou quatro horas na entrevista e até a psicóloga saiu estarrecida", comenta o advogado.

A gravação também foi entregue à polícia e o Conselho Tutelar já proibiu as visitas à casa do pai.

"A psicóloga usa bonecos anatômicos, perguntando sobre o que foi feito. E outro ponto que reforça é que a criança relata a sempre a mesma história", diz Barcellos.

Pensão Alimentícia

A mãe conta que teve um relacionamento de três anos com o acusado quando moravam na cidade de Camapuã. Após desavenças, o casal se separou em 2008, quando o filho tinha 10 meses de idade. No começo deste ano, o pai começou a ter contato novamente com o filho com as visitas.

Ela entrou na justiça para oficializar a dissolução de união estável e pedir pensão alimentícia. O pai, que deixou de pagar, chegou a ter a prisão decretada, com isso a avó da criança teria intermediado a reaproximação mediante um acordo para que as queixas fossem retiradas pela mãe.

Com a retirada da acusação, o homem de 26 anos, pediu para começar a ver o filho. Em abril iniciaram as visitas assistidas durante dois meses. Após esse período, o menino já ficava sozinho com o pai.

De acordo com a delegada Regina Mota, o caso está sob sigilo e todas as pessoas envolvidas serão ouvidas. A reportagem conversou com a advogada do acusado, Solange Helena Terra Rodrigues. Segundo ela, o cliente nega "categoricamente" as acusações. A advogada também a afirmou que a avó, no caso, uma senhora de idade, está assustada com as afirmações.

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