sábado, 14 de setembro de 2024
POLÍTICA

Lula chega a Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU

17 setembro 2023 - 10h00Por G1

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou na noite deste sábado, dia 16 de setembro, em Nova York, nos Estados Unidos. Em sua segunda viagem em solo norte-americano, Lula participará da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e de um evento ao lado do presidente norte-americano, Joe Biden.

Lula chegou aos Estados Unidos após um dia de compromissos em Cuba. Na capital do país, Havana, ele participou da reunião de líderes do G77, grupo que reúne países em desenvolvimento, e a China.

O petista ficará em Nova York até a próxima quinta-feira (21). Até lá, segundo o Palácio do Planalto, deverá ter encontros com empresários e lideranças estrangeiras.

O ponto principal da agenda do presidente brasileiro nos Estados Unidos será o discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, previsto para terça-feira (19).

As Nações Unidas definiram como tema da assembleia deste ano os esforços para avançar na chamada Agenda 2030, que define 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) a serem alcançados pelos 193 países-membros da ONU até 2030.

Historicamente, a fala inicial da cúpula é feita pelo representante do governo brasileiro.

O secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Cozendey, afirmou que Lula deve aproveitar o discurso para apresentar as “linhas principais da sua política externa”.

Iniciativa com Biden

A agenda de Lula prevê, de acordo com o Planalto, dois compromissos ao lado de Joe Biden.

Na quarta (20), o líder brasileiro deverá se encontrar, em um hotel de Nova York, com Biden para uma reunião bilateral. A pauta não foi divulgada.

Em seguida, os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos lançarão uma iniciativa conjunta em defesa do trabalho decente.

O compromisso

Anunciado pelo governo brasileiro como uma iniciativa global para "avanço dos direitos trabalhistas na economia do século XXI”, terá a presença de representantes sindicais brasileiros e norte-americanos.

Lula havia sido convidado por Biden para integrar a ação em julho, segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

O trabalho decente faz parte da lista de ODS definidos pela ONU, em 2015.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o conceito leva em conta uma série de indicadores, como oportunidades de emprego, rendimentos, jornada e trabalho análogo à escravidão.

Lula em Nova York

De acordo com o Palácio do Planalto, a agenda de Lula prevê os seguintes compromissos:

domingo (17): reunião com empresários e jantar oferecido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que devem contar com as participações de parlamentares, entre os quais os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

segunda (18): reuniões bilaterais

terça (19): Assembleia Geral da ONU e bilaterais

quarta (20): reunião e lançamento com Joe Biden

quinta (21): entrevista à imprensa antes de embarcar de volta ao Brasil

Passagem por Cuba

No encontro do G77 neste sábado, em Havana, Lula criticou o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba.

O embargo econômico é imposto pelos americanos há mais de 60 anos, impede a maior parte de relações comerciais entre os países e não tem perspectiva de que seja suspenso.

"É de especial significado que, neste momento de grandes transformações geopolíticas, esta cúpula seja realizada aqui em Havana. Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal."
Em seu discurso, o petista também cobrou, dos países mais ricos, investimentos no financiamento de ações nos países em desenvolvimento para combate ao desequilíbrio climático.

Segundo ele, países em desenvolvimento não têm "a mesma dívida histórica dos países ricos pelo aquecimento global".

Antes de embarcar para Nova York, Lula se reuniu com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e com o ex-presidente cubano Raúl Castro.

Segundo o Planalto, Diaz-Canel agradeceu a Lula pela "reaproximação das relações diplomáticas e também por ter condenado o embargo comercial a Cuba".

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