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O ex-governador Zeca do PT defendeu nesta quarta-feira a unidade partidária e se disse pronto para enfrentar seus principais adversários políticos na disputa pela prefeitura de Campo Grande em 2012.


A ideia no partido é colocar ponto final nas divergências internas alimentadas por Zeca e pelo senador Delcídio do Amaral, que brigam pelo controle da legenda em Mato Grosso do Sul.


Pré-candidato do PT à sucessão do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), juntamente com os deputados Vander Loubet (federal) e Pedro Kemp (estadual) e o ex-deputado estadual Pedro Teruel, Zeca demonstra entusiasmo ao falar sobre sua participação no processo sucessório do ano que vem.


“Aos amigos que estão me questionando, reafirmo que meu nome continua à disposição do PT para o projeto do ano que vem. Sou um soldado do PT e quero a unificação e o fortalecimento de nosso partido. Se meu nome vem nessa linha, de unificar, estou pronto”, enfatizou o líder petista por meio de seu Twitter.


Na prática, o sonho de Zeca é enfrentar, mais uma vez, as máquinas peemedebistas manuseadas pelo prefeito Nelsinho Trad e pelo governador André Puccinelli, e sair vitorioso nas eleições de outubro do ano que vem.


Para analistas, a eventual derrota do PMDB na Capital colocaria em xeque o projeto do partido em fazer o sucessor do governador André Puccinelli em 2014, sobretudo, fortaleceria os planos do PT no caminho de voltar ao poder no Estado.


Se a candidatura de Zeca prosperar seus principais adversários no próximo pleito deverão ser os deputados estaduais Edson Giroto (Ex-PR), na iminência em voltar aos quadros do PMDB, e Reinaldo Azambuja (PSDB).


Giroto disputa a indicação no PMDB, pelo critério de pesquisa, com o secretário estadual de Habitação, Carlos Marun, o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Econômico, Edil Albuquerque, e com o presidente da Câmara de Vereadores de Campo Grande, Paulo Siufi.


Como estratégia de campanha, os principais líderes do PT devem explorar as deficiências da administração de Nelsinho Trad, que nos últimos dias convive com fatores negativos que podem acabar prejudicando o projeto de seu partido visando manter uma hegemonia de quase duas décadas no poder no maior reduto eleitoral do Estado.

“Entre os debates urgentes que precisamos fazer em Campo Grande está o da educação pública. Um absurdo essa questão das crianças intoxicadas”, disparou Zeca em seu microblog, referindo-se ao recente episódio envolvendo a Escola Municipal de Tempo Integral Iracema Maria Vicente, no bairro Rita Vieira, onde 180 crianças foram vítimas de intoxicação alimentar.


Apesar de ser considerada a liderança mais expressiva do PT em termos eleitorais, Zeca lembrou que os demais companheiros e pré-candidatos, como Vander, Kemp e Teruel, estão à disposição para representar o projeto do partido nessa caminhada.


“O importante é termos projeto e lutarmos pelo melhor para Campo Grande e o seu povo”, observou o líder petista, que também se articula para reforçar a campanha de seu partido em várias cidades do Estado.


RACHA


Para analistas, o racha iminente na base aliada do prefeito Nelsinho Trad e do governador André Puccinelli, que devem perder partidos como PSDB e PPS, pode acabar favorecendo os candidatos de oposição, embora os últimos desempenhos do PT deixaram a desejar na Capital.

Contudo, como cada eleição é uma história, os líderes petistas, principalmente, acreditam que podem minar as bases eleitorais do PMDB, levando em conta estrategicamente o desgaste político de Nelsinho Trad, embora o Ipems (Instituto de Pesquisa de Mato Grosso do Sul), contratado pelo prefeito, aponte percentuais administrativos favoráveis.


O PT trabalha ainda para ter em seu palanque partidos, como PSD e PSB, presididos respectivamente pelo empresário Antônio João Hugo Rodrigues, e pelo prefeito de Dourados, Murilo Zauith. PDT e PSC também estão nos planos petistas.