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Governo avalia os impactos das chuvas no cenário agrícola de Mato Grosso do Sul

28 janeiro 2016 - 09h15Por Notícias MS
Ao mesmo tempo em que comentou os impactos do período extremamente chuvoso do início do ano e que gerou uma enorme apreensão entre os produtores pela dificuldade de entrar com as maquinas na lavoura para realizar a colheita da soja e levar o produto para os armazéns, o secretário adjunto da Produção e Agricultura Familiar (Sepaf), Jerônimo Alves Chaves, destacou a importância positiva das chuvas previstas pelo Cemtec-MS para os próximos dias.

Isso porque, segundo Jerônimo, no período em que a soja se encontra a umidade é necessária para auxiliar a formação e o enchimento dos grãos, o que deve garantir maior produtividade.

Jerônimo comentou ainda que na região norte a colheita desta safra 2015/2016 deve atrasar, fato que pode ser observado também como mais um motivo para os produtos ficarem em alerta.

Os riscos com relação às pragas peculiares para esta cultura podem ser maiores com o avanço do período recomendado para a finalização da colheita. “Ouvimos da Embrapa no início da semana que a ‘falsa medideira’ está presente nas lavouras do Estado e tem requerido atenção especial do produtor. Também preocupa o crescente número de ocorrências de ferrugem asiática que está sendo verificado. Com o possível atraso na colheita, isso pode se agravar”, comentou o secretário adjunto.

Com a interrupção das chuvas e uma estiagem de dez dias, muitos produtores correram contra o tempo e aceleraram o processo de colheita ao mesmo tempo em que o Governo do Estado, por meio da Sepaf e da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), que mantiveram constante trabalho de monitoramento para subsidiar a Secretaria de Obras do Estado, sobre a situação das estradas utilizadas no escoamento da produção.

Jerônimo lembra que, mesmo necessárias e bem-vindas, as chuvas dos próximos dias têm seu lado não tão positivo. “Sabemos que as equipes contratadas emergencialmente pelo Governo do Estado têm aproveitado bem o período de estiagem dos últimos dias, porem, sabemos também que as chuvas, mesmo com menor intensidade, podem dificultar o andamento deste trabalho”, disse.

Mesmo com 31 municípios em ‘estado de emergência’ e um número significativo de pontes e estradas danificadas em todas as regiões de Mato Grosso do Sul, Jerônimo acredita que o Governo deve conseguir bons resultados com os trabalhos emergenciais, ajudando o setor a garantir uma safra com números muito próximos da safra anterior. Ainda segundo ele, o crescimento de 4% da área destinada ao cultivo da soja deve contribuir para que isso aconteça.

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