quarta, 24 de abril de 2024

Pessimista, indústria metalmecânica não prevê crescimento para 2015

09 dezembro 2014 - 10h34Por Fiems




Diferentemente deste ano de 2014, quando o segmento atingiu R$ 2,12 bilhões e apresentou crescimento de 63% sobre o faturamento líquido de R$ 1,3 bilhão alcançado em 2013, as indústrias metalmecânicas e metalúrgicas de Mato Grosso do Sul não preveem nenhuma expansão para 2015 devido à estagnação da economia estadual e nacional. De acordo com o presidente do Simemae/MS (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Mato Grosso do Sul), Irineu Milanesi, no próximo ano as empresas do segmento vão sentir os reflexos dos problemas ocorridos neste ano e, por isso, os empresários estão desencorajados para investir.



Ele reforça que o cenário atual da economia conduz os empresários do segmento metalmecânico ao sentimento de apreensão e 2015 não deve ser um ano de crescimento. “Se houver crescimento será bem pouco, pois não há encorajamento para a expansão das empresas. Acredito que será um ano de estagnação”, previu, completando que em 2015 serão sentidos os reflexos de todos os problemas enfrentados ao longo de 2014. “Há muita insegurança. Não há, por exemplo, condições de adquirir equipamentos novos e assim perdemos em competitividade”, analisou.



Atualmente, segundo dados do Radar Industrial da Fiems, o segmento metalmecânico reúne 789 estabelecimentos, que juntos empregam 8.476 trabalhadores com carteira assinada. Os números são superiores aos apresentados no início deste ano, quando eram 706 estabelecimentos e 8.334 trabalhadores diretos. “Apesar de 2014 ter sido um ano de eleições majoritárias, as indústrias metalmecânicas ficaram pouco sujeitas às instabilidades que esse período costuma gerar nos empresários”, explicou Irineu Milanesi.



Para reverter essas previsões pessimistas, o presidente do Simemae/MS destaca que as empresas do segmento precisam continuar contando com o apoio do Poder Público no que se refere à concessão de incentivos e também de melhores condições de crédito. No entanto, caso esses pontos não sejam alcançados, o cenário de estagnação será concretizado para as indústrias do segmento e o reflexo disso será sentido na economia sul-mato-grossense.

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