A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), por meio de sua Polícia Penal, está empenhada em combater o uso de aparelhos celulares por detentos nas unidades prisionais do Estado, adotando uma série de medidas abrangentes para reforçar a segurança e a ordem dentro dos presídios.
Entre as iniciativas destacadas estão as vistorias periódicas nas celas, o emprego de tecnologia avançada como o Body Scan para inspeção de visitantes, servidores e colaboradores, bem como a utilização de aparelhos de raio-x para examinar os pertences e produtos levados.
Drone interceptado por policiais penais no Complexo Penitenciário do Noroeste.
Tendo vista que uma das principais problemáticas atuais é a utilização de drones para promover arremessos para o interior dos estabelecimentos penais, estão sendo instaladas telas sobre os pavilhões e solários. No Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima de Campo Grande, por exemplo, as obras já tiverem início.
O monitoramento constante por câmeras, operando 24 horas por dia, é outra medida-chave para fortalecer a vigilância nas unidades prisionais. Além disso, a instituição está explorando outras tecnologias inovadoras, algumas das quais estão sendo utilizadas de forma sigilosa por motivos de segurança.
Paralelamente, a administração penitenciária tem implementado medidas administrativas voltadas para o combate à entrada de materiais ilícitos e para desarticular Organizações Criminosas.
A colaboração estreita com a Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penitenciárias) em operações conjuntas, como a Operação MUTE, que resultou na apreensão de 408 aparelhos celulares em Mato Grosso do Sul, e o aumento progressivo das vistorias, que totalizaram 3.083 interceptações e apreensões em 2023 e 800 no primeiro trimestre de 2024.
Além disso, transferências estratégicas de indivíduos relevantes para unidades do Complexo da Gameleira têm sido realizadas como parte da estratégia de segurança.
“É fundamental ressaltar que a Polícia Penal está comprometida com o combate à comunicação ilícita no ambiente carcerário, promovendo capacitações regulares para os seus servidores”, destaca o diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini. Segundo ele, a meta de Mato Grosso do Sul é zerar as comunicações ilícitas nas prisões.
O dirigente explica que o uso de bloqueadores de sinal, apontado como uma solução para resolver a questão da comunicação ilícita nos presídios, infelizmente, demonstrou-se ineficaz, pois são aparelhos de alto custo para a administração pública, não atingiram os resultados esperados, com vários pontos de sombra (onde o sinal não é boqueado) e causam interferências na vizinhança dos presídios, além de se tornarem rapidamente obsoletos. Consequentemente, o contrato relacionado aos bloqueadores foi suspenso devido à sua ineficácia comprovada.
Nesse contexto, aponta o dirigente, medidas implementadas até o momento refletem avanços significativos nos índices de repressão e apreensão de aparelhos, contribuindo para minar a influência das facções criminosas dentro dos presídios estaduais e garantindo maior segurança para a sociedade como um todo.