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Bebê que enfrentou câncer junto com a mãe morre

Bebê que enfrentou câncer junto com a mãe morre

17 dezembro 2011 - 09h10
Globo.com

Uma menina americana de apenas um ano e meio de idade perdeu a luta contra o câncer esta semana após enfrentar a doença junto com a mãe.

A fotógrafa americana Kezia Fitzgerald, de 27 anos, foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que surge nos gânglios do sistema linfático, meses após o nascimento da filha, mas agora foi declarada em remissão (sem incidência da doença) pelos médicos.

Enquanto ela ainda passava pelo tratamento contra a doença, sete meses atrás, a pequena Saoirse recebeu o diagnóstico de neuroblastoma, um tipo de câncer que atinge o sistema nervoso periférico.

Após cirurgias, sessões de quimio e radioterapia e incontáveis visitas a hospitais, Saoirse faleceu na última terça-feira, no Hospital Infantil de Boston, mas seus pais esperam que um maior conhecimento sobre a doença possa vir a ajudar outras crianças no futuro.

'Saoirse amava tanto a vida e nós temos de continuar lutando por ela e por uma maneira melhor de detectar essa doença horrível o mais cedo possível, informar pediatras sobre os sintomas iniciais, encontrar tratamentos melhores e, é claro, uma cura para o neuroblastoma', disse à BBC Brasil Michael Fitzgerald, marido de Kezia e pai de Saoirse.

Funeral "colorido"
Durante o tempo em que a família enfrentou o câncer unida, eles diziam que sua atitude positiva era o que tornava a situação suportável.

"Nós vivemos um dia de cada vez e, apesar de termos alguns dias difíceis, há muito mais dias felizes e é nesses que nos concentramos. Temos de nos acostumar com nosso novo 'normal' e, apesar de ele não ser muito comum, essas são as nossas vidas e vamos vivê-las da melhor maneira possível", disse Kezia na época.

A família criou um fundo, o Fitzgerald Cancer Fund, com páginas no Twitter e no Facebook, para ajudar a cobrir as despesas médicas e, agora, Kezia e Michael querem divulgar informações sobre o neuroblastoma.

Michael diz que é importante que os pais de crianças com a doença façam muitas perguntas aos médicos e pesquisem o máximo que puderem.

"Kezia e eu tivemos uma grande participação no tratamento de Saoirse e sabemos que, em algumas ocasiões, percebemos coisas graves que os médicos deixaram passar. Só porque é uma doença rara, isso não quer dizer que ela não deva receber a atenção que merece."

O funeral de Saoirse será realizado neste sábado e a família pediu que os convidados evitem o preto e usem 'roupas coloridas em homenagem ao espírito de Saoirse e seu belo sorriso'.

Kezia continuará passando por acompanhamentos periódicos para checar se seu câncer não voltará. Ela só será considerada curada após cinco anos em remissão.

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