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'Eu quero ela presa', diz pai de jovem atropelado e morto na calçada

23 julho 2012 - 13h40
Folha

O administrador Jairo Gurman, 54, diz que costuma acordar sobressaltado após sonhos com seu filho, Vitor Gurman. "Aindo levo sustos ao imaginar que ele está morto".

Vitor foi atropelado por um jipe Land Rover quando caminhava pela calçada da rua Natingui, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, em 22 de julho de 2011. Morreu seis dias depois, aos 24 anos.

Jairo faz uma campanha pela condenação por homicídio doloso (com intenção) da nutricionista Gabriella Guerrero, 30, que dirigia o carro. Segundo a polícia, ela estava alcoolizada e em velocidade acima do permitido na rua (30km/h). Ela nega e diz que bebeu só um drinque.

Um ano depois, o Ministério Público não emitiu parecer. Isso porque, enquanto o Instituto de Criminalística diz a velocidade era de 57 km/h, um perito contratado pela família diz que era, no mínimo, 72 km/h.

Outro caso segue sem decisão. Em 8 de julho do ano passado, o Porsche conduzido pelo engenheiro Marcelo Malvio Alves de Lima bateu em alta velocidade contra a Tucson da advogada Carolina Menezes Cintra Santos, 28, que morreu.

Os dois casos foram registrados como dolosos. Agora, há dois caminhos: oferecer a denúncia como homicídio doloso ou desqualificar o crime para culposo (sem intenção). No primeiro, a pena é de prisão. No segundo, a praxe são penas alternativas.

No dia 28, parentes e amigos de Vitor farão um ato nas proximidades do acidente. Um documentário deve ser lançado em breve.

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