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Favorável ao impeachment, Simone Tebet afirma que país vive "paralisia social"

12 maio 2016 - 07h45Por Dourados News
A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) se posicionou favorável ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) durante o seu depoimento na tarde desta terça-feira (11), na sessão que pode afastar a presidente por 180 dias. Entre os motivos defendidos pela tomada de sua decisão, a senadora citou problemas econômicos causados pela governante e outras situações que segundo ela, levam ao descrédito dos brasileiros a seus representantes e instituições.

Ela classificou o momento o qual país vive como "perigoso" e "sensível". Simone criticou duramente a alta inflação praticada, o desemprego e o impacto sofrido em programas sociais atualmente.

"O Brasil não está parando, ele está parado! Vivemos numa paralisia econômica, o PIB por dois anos consecutivos está negativo, fechará este ano em -3.8%. A inflação em novembro no ano passado fechou em 10% no acumulado dos últimos 12 meses. O significado de tudo isso? Uma taxa de desemprego recorde, passando os 10%. São mais de 11 milhões de brasileiros na fila do desemprego. Poderíamos continuar com a taxa de juros uma das maiores do mundo na ordem de 14.25% que desanima qualquer um a investir no país. Desemprego, mais inflação, sinônimo de diminuição de renda do trabalhador brasileiro. Os programas sociais mais diversos foram atingidos Prouni, Fies, Pronatec, Ciências sem Fronteiras, isso só para ficar nos investimentos ligados a a educação", comentou.

Ela opinou ainda que a atual situação do país gera falta de credibilidade dos representantes políticos e das instituições. Para Simone, houve o "desmando com o dinheiro público de maneira irresponsável". "Chama atenção o que está acontecendo no país hoje. Vivemos um estado de anomia social que é onde e quando as pessoas não mais acreditam em seus homens públicos, mas isso é fácil, a eleição é periódica e resolve o problema. Mais grave que isso é quando os cidadãos não mais acreditam em suas instituições. A denúncia por crime de responsabilidade é a respeito de irresponsabilidade fiscal com o dinheiro público. Maquiou-se por dois anos as contas públicas, fez-se a contabilidade criativa, para esconder os desmandos com o dinheiro público, para esconder o gasto excessivo", pontuou.

A senadora afirmou ainda que houve gastos ilícitos em campanha eleitoral, o que estaria contribuindo com a atual crise econômica e cortes em serviços para a população.

"O resultado de tudo isso é uma conta astronômica a ser paga por todos nós e significa que gastou-se o que podia e o que não podia em período eleitoral e no ano de 2015. Abriu-se crédito suplementares sem a autorização dessa casa, até aí não é grande problema, mas um descumprimento da meta fiscal e aí pós eleição, para se cobrir as contas teve-se que contingenciar (o que significa corte). Infelizmente o corte veio do lado errado, cortando-se ministérios, cargos públicos, alugueis, milionários de prédios que hoje são utilizados para repartições públicas e como se está fazendo na realização de obras públicas, dos serviços públicos mais essenciais como saúde, educação, segurança pública, moradia, enfim", disse.

A sessão que decidirá pela aprovação ou rejeição do relatório favorável à admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) começou nesta manhã (11) e segue neste momento.

A aprovação do relatório da Comissão Especial do Impeachment, de autoria do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), exige maioria simples dos senadores presentes – metade mais um.

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