Trio suspeito de matar garota fez boletim de ocorrência para tentar 'álibi'
08 agosto 2012 - 14h40G1
Os três suspeitos de terem assassinado uma menina de 14 anos, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, chegaram a registrar um boletim de ocorrência sobre um suposto desaparecimento no dia seguinte da execução da garota. Segundo o delegado titular do 1º DP da cidade, Luiz Evandro Medeiros, o trio registrou a ocorrência normalmente, como se não tivessem nenhuma relação com o crime e não soubessem o que tinha acontecido com a criança.
"Localizamos os três, que foram ouvidos e negaram a participação nos crimes. Quando fizemos a perÃcia e encontramos sangue dentro do carro deles, o trio resolveu fugir. Já que tinham o compromisso de não sair da cidade, vimos que eles tinham culpa. Levamos a situação para um JuÃz, que decretou a prisão temporária dos três por 30 dias por homicÃdio qualificado e ocultação de cadáver. Já estamos fazendo as buscas. Prendemos a mãe, que foi interrogada e prestou depoimento", explica o delegado.
O corpo da adolescente foi encontrado à s margens da Rodovia Anchieta, na altura de São Bernardo de Campo, no dia 15 de julho. Por causa das investigações, a polÃcia só divulgou o caso nesta terça-feira (7). Segundo a polÃcia, a menina era utilizada para transportar drogas sem levantar suspeitas. Ela teria sido assassinada por causa de uma dÃvida com o tráfico.
O corpo da jovem foi encontrado com vários ferimentos, ainda vestindo o uniforme da escola onde ela estudava, em Praia Grande, o que ajudou a polÃcia a esclarecer o caso. Uma autópsia foi realizada e constatou que a adolescente foi morta por asfixia. "O traficante chegou em casa e viu a menina morta. Ele colocou ela no carro e se livrou do corpo. Quando encontramos o cadáver, começamos a juntar as peças e encontramos a casa onde o crime aconteceu.
Depois encontramos o carro utilizado, que tinha sido vendido para uma senhora de outro bairro", conta.
Com o carro em mãos, a polÃcia resolveu entregar o veÃculo para a perÃcia, que utilizou um reagente para comprovar que havia marcas de sangue dentro do carro e confirmar as suspeitas de que a jovem teria sido assassinada.