Detentos do semiaberto de Ponta Porã trabalham na produção de vassouras
15 junho 2012 - 15h40
DouradosInforma
Reeducandos do Estabelecimento Penal de Regimes Semiaberto, Aberto e de Assistência às Albergadas de Ponta Porã estão tendo a oportunidade de trabalhar em uma atividade remunerada na própria unidade penal. Eles estão atuando na fabricação de cabos de vassouras e rodos.
Iniciada no mês passado, a ação faz parte de uma parceria com o grupo Carajás, empresa da cidade que atende o Estado inteiro. O trabalho dos detentos consiste na implantação das roscas, plastificação dos cabos e demais acabamentos. Para isso, três máquinas foram implantadas em um espaço disponibilizado no presídio.
Atualmente cinco reeducandos trabalham no local, mas a meta é que seja dada oportunidade a, pelo menos dez custodiados. Pelo trabalho, os internos do presídio são remunerados mensalmente com 3/4 do salário mínimo vigente, correspondente hoje ao valor de R$ 466,00, além da remição de pena, na proporção de três dias trabalhados para um remido, conforme estabelece a Lei de Execução Penal.
Segundo o diretor do presídio, José Hilton Lacerda, a iniciativa ainda está em fase de experiência, mas está sendo muito positiva, pois dá oportunidade de trabalho remunerado sem a necessidade de o interno se ausentar da unidade penal. Conforme o diretor, já existe uma lista de espera para as novas vagas que deverão ser abertas.
O proprietário da empresa Carajás, Sély Fulber, garante que a parceria também é interessante do ponto de vista empresarial. “Já desenvolvi esse tipo de projeto com presídios no Paraná, e é muito positivo, porque você atende duas demandas: a questão social, já que você possibilita trabalho digno ao preso, e a empresa também se beneficia, pois consegue redução nos custos”, comenta.
Conforme o empresário, a ideia é, num futuro próximo, ampliar essa atuação de uma maneira que familiares dos custodiados sejam beneficiados com ações sociais. “Temos a intenção de elaborar um projeto que, por meio de parcerias, possibilite o acesso de esposas e filhos a cursos e atividades que tragam uma melhoria de vida para essas famílias”, informou.
Recentemente, autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público estiveram no local e elogiaram bastante a iniciativa, adotada pela direção, de se possibilitar trabalho intramuros aos internos.