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Política

Indefinição do quadro de candidatos favorece reeleição de Ludimar, hoje

18 fevereiro 2016 - 11h35Por Edmondo Tazza, com informações do Jornal da Praça
Fazer uma previsão do que poderá vir a ser a disputa para ocupar a cadeira de chefe do Poder Executivo em Ponta Porã no pleito de outubro deste ano é, sem dúvida, prematuro, asseguram, por unanimidade, os analistas, políticos e adivinhos de plantão consultados pelo Jornal da Praça, no final de semana, sobre o quadro sucessório na fronteira.

A indefinição, até agora, da maior parte das supostas candidaturas a prefeito está, pelo menos neste momento, favorecendo a reeleição do advogado Ludimar Godoy Novais, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), garantem os mesmos palpiteiros.

Apesar da natural rejeição atribuída a quem está no poder, principalmente em tempos de redução de receita e aumento de despesas, cercados de turbulências e incertezas, que impedem a realização de obras, ações e iniciativas que chamem a atenção da opinião pública, o atual prefeito, depois de três anos pagando contas e buscando recursos em Brasília e em Campo Grande, conseguiu reverter o quadro, agilizando e otimizando as ações do Executivo, através da Prefeitura Itinerante, projeto implantado em dezembro e que vem recuperando ruas, iluminação pública, escoamento de águas pluviais, limpeza e roçada de terrenos, bem como a operação tapa-buracos.

Além disso, mesmo ocupando o papel de “vidraça”, Ludimar conseguiu registrar importantes conquistas em sua administração, como a construção do maior conjunto habitacional do Estado, com 1.015 unidades; a criação a Guarda Municipal; a instalação e recuperação do maior projeto de iluminação pública do MS com recursos de R$ 6 milhões; a transferência do núcleo urbano e a criação do Distrito de Nova Itamarati e a implantação do Parque Tecnológico Internacional de Ponta Porã.

PSDB

No ninho tucano a confusão deixa qualquer analista mais experiente sem saber o que dizer. Primeiro que, apesar de ter deixado a presidência da legenda, o deputado estadual Flávio Kayatt continua sendo a maior liderança do PSDB. Mesmo que esteja a um passo do Tribunal de Contas do Estado, caso isso não ocorra, Kayatt (único prefeito que conquistou uma reeleição na história de Ponta Porã) pode vir a ser o candidato a prefeito pelo Partido da Social Democracia Brasileira.

Hélio Peluffo Filho (PSDB), tem grandes possibilidades de vir a ser o nome da agremiação para disputar a prefeitura. Mesmo assegurando que não se mudou de Ponta Porã, Hélio Peluffo Filho ocupa hoje, desde 2013, o cargo de secretário municipal de Obras de Maracaju. Porém, muitos garantem que “a campanha do Helinho já está nas ruas da Princesinha dos Ervais”.

Mas, aí, dizem os entendidos, surgem algumas variáveis. Uma delas é o de, mesmo com a aprovação dos diretórios estadual e municipal (este último alvo de severas críticas do próprio Peluffo, que ficou de fora da Executiva municipal), o arquiteto não consiga o deferimento de sua candidatura, o que poderia inserir no ambiente eleitoral os nomes do contabilista e atual gerente da Sanesul em Ponta Porã, Márcio Cruz e o da professora e vereadora Maria Leny Klais, que, aliás, poderiam também vir a formar chapa pura, como candidatos a vice.

Pior que há ainda mais uma possibilidade. Os comentários do senador Waldemir Moka (PMDB) publicadas recentemente por um periódico local, dão conta de que Hélio Peluffo poderia encabeçar a chapa majoritária na legenda em Ponta Porã na disputa de 2016. Isso abriu na imaginação de quem está observando o cenário político a ideia de que Helinho poderia estar fazendo jogo duplo, “para ser candidato de qualquer jeito”, mesmo que seu padrinho político acabe ficando de “bico torcido”. Isso também favoreceria uma chapa pura do PMDB, com Chico de vice.

PMDB

O ex-vereador e empresário Chico Gimenez, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), por enquanto, ainda mais com a aprovação do diretório regional, não abre mão de ver seu nome encabeçando a chapa majoritária do maior partido do País para a disputa das eleições 2016. Entretanto, a legenda está divida na fronteira. Parte apoia a administração Ludimar Novais, parte apoia a candidatura de Chico Gimenez a prefeito e uma terceira parte está catando papéis no vento, sem saber para que lado vai.

Derrotado por Flávio Kayatt em 2008, Gimenez reconhece que o adversário fez uma boa administração, mas, está convencido de que “chegou a minha vez de mostrar o que posso fazer por Ponta Porã”.

A um site local, ele disse, há poucos dias, que neste primeiro momento vem mantendo conversações com o grupo que o apoiou em 2008, quando concorreu à prefeitura. “São companheiros que sempre estiveram juntos e nada melhor do que iniciar com aqueles que acreditaram em nosso trabalho naquela eleição. Mas, vamos ampliar as conversas, queremos iniciar um debate positivo para Ponta Porã e apresentar nosso projeto de governo para o município”, destaca o empresário. Ele afirmou que seu retorno à política, após sete anos afastado, se deve às manifestações de familiares e amigos que estão lhe incentivando há algum tempo a atuar novamente na vida pública.

CHINA

O empresário do ramo de turismo, Evaldo Pavão Sanger, o China é outro candidato que deve ser homologado pelo seu partido o PSL (Partido Social Liberal) para disputar o comando do município. Ele teve seu nome aprovado pela direção estadual da sigla, que pretende também lançar uma chapa proporcional com nomes representativos em vários setores do município. Evaldo Pavão representa um nome novo na política municipal já que, participou pela primeira vez de um pleito eleitoral em 2012, como candidato a deputado federal e surpreendeu até seus adversários. Em pouco mais de um mês de campanha obteve mais de cinco mil votos.

OUTROS

Há, certamente, outros nomes, menos expressivos no quadro sucessório, mas, que, podem vir a ser opção como terceira, ou quarta via, com equivalentes possibilidades eletivas e, já que na política tudo é possível, não se pode duvidar de quem quer que seja.

Aí, aparecem os nomes do vereador Otaviano Cardoso, do Partido da República (PR), do ex-vereador Veimar Marques PEN (Partido Ecológico Nacional), e do atual presidente da Câmara Municipal de Ponta Porã, Daniel “Puka” Valdez, do DEM (Democratas).

Dos 15 atuais vereadores, apenas um, parece, por enquanto, que não pretende concorrer. Os demais são candidatos naturais a reeleição. Acredita-se que cerca de 150 novos nomes deverão se inscrever tentando buscar uma vaga na Câmara Municipal

De qualquer forma, acordos, alianças, conchavos, mudanças de partido e outras tramoias peculiares da prática política nesta terra tupiniquim, devem estar concluídos e devidamente registrados na Justiça Eleitoral até o final de maio. Até lá, muitas águas vão rolar, muitas nuvens vão mudar de formato e muitas mudanças vão alterar o cenário político da fronteira. Quem viver verá! (Edmondo Tazza – MTE – 1266)

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