Especialistas alertam que essas substâncias não devem ser usadas e não podem ser receitadas nas academias
11 dezembro 2017 - 16h50Por Da redação
Parece um milagre ou até mesmo uma fórmula mágica, mas o uso de anabolizantes, apesar de ser uma alternativa fácil e rápida de aumentar a musculatura, oferece riscos à saúde como risco maior de problemas no coração, aumento do colesterol ruim, problemas no fígado, infarto, derrame e até mesmo câncer.
Por isso, os especialistas alertam que essas substâncias não devem ser usadas e não podem ser receitadas nas academias, já que é possível ganhar massa muscular apenas com exercício físico e alimentação.
Em relação ao câncer, o excesso de hormônios dos anabolizantes, usados de maneira inadequada, estimula o crescimento de células – se uma delas tem uma tendência a se transformar em um câncer no futuro ou se já tem a doença, o anabolizante pode promover seu desenvolvimento com mais rapidez.
Ou seja, ele pode causar um tumor ou acelerar um que já existia, com o risco até mesmo de metástase.
Nas mulheres pode ocorrer fora a desregulação da menstruação, também pode acontecer do pescoço ficar mais largo, o queixo mais quadrado, ficar mais agressiva e até mesmo ter calvície.
Nos homens, a calvície e agressividade também acontecem, com o risco ainda de aumento das mamas e atrofia dos testículos, como explicou o endocrinologista Alfredo Halpern, consultor do programa Bem-Estar.
Isso acontece porque os anabolizantes são hormônios sintéticos, normalmente derivados da testosterona, que estimulam as células musculares a aumentarem a absorção de tudo que faz o músculo crescer, especialmente as proteínas.
Além de aumentarem a musculatura, os produtos também estimulam o crescimento de tecidos, como ossos, peles e órgãos, mas isso acontece com maior intensidade na fase de crescimento. Por isso, é ainda mais perigoso o uso indiscriminado de anabolizantes na adolescência, porque os órgãos podem ficar maiores do que deveriam.