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André nega ‘degola’ no primeiro escalão, mas admite mudanças

André nega ‘degola’ no primeiro escalão, mas admite mudanças

04 fevereiro 2012 - 07h03
Conjuntura Online

O governador André Puccinelli (PMDB) negou nesta quinta-feira, durante abertura do ano legislativo, qualquer possibilidade de exoneração no primeiro escalão, mas admitiu mudanças em alguns setores, sem, contudo, dar dicas dos possíveis assessores substituídos.

“A Sanesul não muda”, garantiu o governador, ao ser questionado, durante entrevista coletiva após sessão solene na Assembleia Legislativa, se o ex-superintendente regional da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Flávio Britto, iria para a estatal.

O Conjuntura apurou que o governador está na iminência de demitir o secretário Obras Públicas e de Transportes, Wilson Cabral Tavares, e nomear em seu lugar o atual diretor-presidente da Sanesul, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, que seria substituído por Britto.

Apesar de ser reticente quanto as possíveis mudanças em seu governo, André Puccinelli deu a entender que poderá haver troca de comando em uma das “autarquias”.

As mudanças devem ocorrer, principalmente, devido ao prazo de desincompatibilização de agentes públicos que desejam disputar cargos eletivos no próximo pleito.

Em discurso na solenidade de abertura dos trabalhos da Assembleia, o governador entregou a mensagem do Executivo, destacando os investimentos feitos em programas de modernização nas áreas de logística, ação social, segurança pública, saúde, habitação e educação, que possibilitaram ao Estado reconquistar a confiança dos investidores e ser inserido no processo de desenvolvimento do País.

A mensagem reforça os investimentos previstos no Plano Plurianual 2012/2015 encaminhado pelo Poder Executivo e aprovado pela Casa Legislativa, em que foram apresentadas as metas de curto e médio prazos estabelecidas pelo governo, no qual estão postas as bases fundamentais para a execução daquilo que foi planejado com base no plano de 15 metas e no Programa MS Forte, em 2009, como forma de manter Mato Grosso do Sul em crescimento.

As propostas orçamentárias garantem as condições necessárias para que ao final da gestão (2014) o Estado se apresente com uma base econômica mais diversificada, sem passivo ambiental, consolidando o avanço do processo industrial, transformando o turismo em alternativa econômica e instrumento promotor da divulgação do Estado em outros mercados e reduzindo as desigualdades regionais.

CAMPANHA ELEITORAL

Em entrevista à imprensa, após seu pronunciamento, o governador voltou a defender a indicação de candidatos peemedebistas por meio de pesquisas qualitativas e quantitativas, principalmente em Campo Grande, onde o partido conta com dois pré-candidatos, o deputado federal Edson Giroto e o presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Siufi.

Além de citar os correligionários, o governador elogiou o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM), que também se movimenta dentro de seu grupo político a fim de consolidar seu nome na disputa pela cadeira hoje ocupada pelo prefeito Nelsinho Trad (PMDB). “O Mandetta é um bom parlamentar e tem todo o direito de querer disputar”.

Em relação aos aliados rebeldes, André Puccinelli disse que o fato de o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) e o vereador Athayde Nery (PPS) lançarem suas candidaturas não significa dizer que agora são seus inimigos políticos. “Eles têm todo o direito”, limitou-se a dizer o governador, lembrando mais uma vez que ficará fora da disputa onde tiver eventuais divergências políticas.

“Onde tiver briga eu não entro”, avisou o governador, que tem problemas para contornar em Dourados, o segundo maior colégio eleitoral do Estado, onde os deputados federais Geraldo Resende e Marçal Filho e a vereadora Délia Razuk travam queda de braço a fim de enfrentar o prefeito Murilo Zauith (PSB), que também tem sua simpatia.

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