sexta, 26 de abril de 2024
CÂNCER DE MAMA

Exame de mamografia ainda é tabu para as mulheres

06 outubro 2017 - 11h39



Mundialmente, outubro é o mês voltado para a prevenção de uma das principais causas de mortes de mulheres, o câncer de mama. Em Mato Grosso do Sul não é diferente: prédios ganham luzes rosas, panfletos são distribuídos nas ruas e propagandas incentivam o autoexame. Mas, em meio a tantos incentivos e cuidados, a saúde pública da Capital precisa combater um mal ainda maior: a resistência das mulheres ao exame de mamografia. Passados mais de 9 meses de 2017, foi cumprida apenas pouco mais da metade da meta prevista de exames.

É o que informa a enfermeira e gerente técnica em saúde da mulher da Coordenadoria de Rede de Orientação Básica, Indianara ?Leite?. Hoje, o foco das campanhas organizadas pelo porder público são mulheres de 50 a 69 anos, idade com maior incidência de câncer de mama.

Justamente no momento de fazer o que os especialistas chamam de exames de rastreamento, que essas mulheres 'usam' o medo da dor, a vergonha e até a resistência dos próprios companheiros, como motivos para deixar de procurar um médico. "Muitas delas pensam que por não sentirem nada, não precisam procurar um médico. São essas que a gente perde", explicou a enfermeira.

Segundo Indianara, o principal combate do poder público é contra a resistência. A meta da Sesau para 2017 é realizar cerca de 40 mil exames, mas faltando três meses para o fim do ano, pouco mais de 20 mil foram feitos, ou seja pouco mais da metade. O número é ainda mais preocupante quando o assunto é câncer de útero. Longe da meta de 56 mil atendimentos, apenas 20 mil preventivos foram realizados em 2017.

Na Capital, as mulheres que estão na chamada 'faixa de risco' têm acesso fácil e rápido a mamografia. Segundo Indianara, o primeiro passo é procurar uma unidade de saúde. Depois de passar por consulta, a paciente recebe o pedido do exame e na própria unidade, na recepção, marca o exame.

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