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Incontinência urinária atinge dez milhões no Brasil, a maioria mulheres

Incontinência urinária atinge dez milhões no Brasil, a maioria mulheres

04 novembro 2011 - 16h50
Bem Estar

Dez milhões de brasileiros, ou 5% da população, sofrem de incontinência urinária, quando aquela vontade incontrolável de fazer xixi literalmente não pode ser controlada. Mulheres, crianças e idosos sofrem mais com o problema, que pode ser prevenido e tratado, com exercícios ou cirurgia nos casos mais graves.

Para falar sobre as causas, como evitar e cuidar desse incômodo, o Bem Estar de sexta-feira (4) contou com a participação do urologista Fernando Almeida, do ginecologista José Bento e da fisioterapeuta Débora Pádua, especialista em uroginecologia.

A bexiga é um órgão elástico, que pode ser enchido e esvaziado. Na maioria das pessoas, existe completo controle sobre esse armazenamento e esvaziamento, o que não ocorre na incontinência.

Perder xixi não é normal. Se isso começar a acontecer com frequência, procure um médico. Por falta de informação ou até por vergonha, muitos indivíduos partem direto para o uso de fraldas ou absorventes. Este problema destrói a qualidade de vida e pode ser resolvido, às vezes sem intervenção cirúrgica.

O assoalho pélvico é um grupo de músculos de controle voluntário que se localiza na porção inferior da bacia, especificamente entre as coxas. Essa rede muscular começa no osso púbico (região baixa do abdômen), passa pelas paredes laterais dos ossos da bacia e se dirige para o cóccix (osso no início da fenda que separa as nádegas).

Sua função é sustentar os órgãos internos e proporcionar o correto funcionamento da uretra e do reto. Ele age como válvulas de fechamento, conhecidas como esfíncteres, e também circunda a vagina.

Quando esses músculos ficam frouxos ou pouco fortalecidos, podem ocorrer vazamentos involuntários da bexiga ou do reto. Por isso, exercícios para fortalecer o assoalho pélvico devem ser feitos todos os dias.

Esses movimentos também podem ser realizados por gestantes e são ótimos para quem está se preparando para engravidar. Também é importante controlar o ganho de peso durante a gestação. Nos últimos meses, a mulher produz mais urina e a bexiga enche mais rápido. Além disso, a pressão abdominal é maior por conta do bebê.

Entre os exercícios recomendados, estão contrações deitando-se no chão, contrações deitando-se no chão e levantando o quadril, agachamento com cabo de vassoura ou rodo, e sentando em uma cadeira com bola, almofada ou travesseiro dobrado.

Capacidade da bexiga
Quando temos a primeira de vontade de fazer xixi, a bexiga está com cerca de 150 ml. Quando essa sensação aperta, chega entre 250 e 300 ml.

A quantidade máxima que a bexiga consegue segurar é de 400 ml até 500 ml. Essa já é uma manifestação muito forte. Idosos e adultos não têm diferença na capacidade de armazenamento. O que muda é a força para segurar a vontade.

Xixi na cama
O principal motivo da enurese nas crianças é um atraso no amadurecimento no centro do cérebro que controla a micção. Esse é geralmente um componente hereditário. Se ambos os pais tiveram o problema, a probabilidade de a criança também apresentá-lo é de 77%. Já se nenhum dos pais tem antecedentes, a chance cai para 15%.

Eventos causadores de tensão psicológica também são importantes, particularmente quando ocorrem entre os 2 e 4 anos de idade. Meninos, em geral, sofrem mais que as meninas – para cada 3 meninos, são 2 meninas.

Aos 5 anos de idade, 15% das crianças fazem xixi na cama. Aos 15 anos, baixa para 1%. O melhor a fazer é não repreender, mas explicar que isso é um problema temporário e que você sabe que não foi de propósito.

Para evitar o xixi na cama, é bom restringir a ingestão de líquidos à noite, levar a criança para urinar antes de dormir e até acordá-la no meio da noite para que ela vá ao banheiro.

Dicas para evitar a incontinência:
- Pratique diariamente exercícios para o assoalho pélvico. Essa pode ser uma medida preventiva, para evitar sintomas futuros
- Busque ajuda médica se a incontinência acontecer com frequência
- Evite a obesidade e o sedentarismo
- Controle o ganho de peso na gestação
- No caso de uma criança que faz xixi na cama, não a repreenda e diga que essa é uma situação temporária e que você sabe que ela não faz isso porque quer.

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