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Paraguai: governo brasileiro reforça vigilância sanitária

20 setembro 2011 - 09h35Por Assessoria
Apesar do foco de febre aftosa no Paraguai ter sido confirmado só no domingo pelo governo daquele país, o Ministério da Agricultura brasileiro já tinha informações sobre a suspeita da doença há mais de dez dias. Tanto que, preocupado, o governo brasileiro mobilizou-se para enviar reforço de fiscais agropecuários e Exército às regiões de fronteira entre Brasil e Paraguai.

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, disse ao jornal Valor que há mais de dez dias membros do ministério foram ao Mato Grosso do Sul ajudar na organização da prevenção do Estado, que faz fronteira com o Paraguai.

O secretário-executivo do ministério, José Carlos Vaz, disse que já havia uma suspeita devido a testes de prevenção realizados em animais paraguaios algumas semanas atrás. "Estamos reforçando as barreiras na fronteira com ajuda do Exército. Já havíamos percebido que poderia haver problemas. Vamos dar todo o apoio que o governo paraguaio pedir", disse. Também foi reforçado o contingente de fiscais federais agropecuários na fronteira.

O foco de aftosa no Paraguai foi encontrado numa fazenda na região de Sargento Loma, no Departamento de San Pedro, no centro do país, cerca de 350 quilômetros ao norte da capital Assunção. O governo paraguaio decretou situação de emergência sanitária na localidade e suspendeu as exportações de carne bovina do país. Anunciou ainda que vai sacrificar mais de 800 animais para tentar conter o foco da doença.

O Paraguai é um dos 10 maiores exportadores de carne bovina do mundo. Rússia e Chile são seus principais clientes, comprando 80% da carne vendida pelo país.

Além do reforço da vigilância nas fronteiras, o governo brasileiro também informou que fará o mapeamento de propriedades de maior risco dentro do Brasil.

O Ministério da Agricultura determinou ainda a suspensão temporária de importação de animais vivos e produtos in natura do Paraguai para evitar a entrada do vírus aftosa no Brasil. O último caso da doença em território brasileiro ocorreu no fim de 2005, e afetou o Mato Grosso do Sul e Paraná.

Para Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs (reúne exportadores de carne suína), é essencial agora controlar o trânsito não oficial de animais entre Paraguai e Brasil.

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