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VERDE

Jardins exuberantes cercam casa arquitetônica em São Paulo

Os gostos de uma família apaixonada por arquitetura e design são o fio condutor do décor

24 julho 2018 - 15h15Por Casa Vogue

Talvez seja romântico demais dizer que a união perfeita entre arquitetura, decoração e paisagismo define este extraordinário projeto. Mas, no caso, é o que acontece. A paixão dos proprietários e dos profissionais pelos respectivos métiers, levou a equipe envolvida a encontrar a melhor solução para cada cantinho.

Uma residência onde a convivência com a arte, com o design e, especialmente, entre os membros do clã e seus amigos, foi o ponto de partida para o desenho, assinado pelo escritório Andrade Morettin.

“A base foi o jardim: os paus-ferro gigantescos e as árvores já amadurecidas determinaram o resto”, explica a moradora. “Queríamos uma casa que fosse usada por toda a família, em sua totalidade. Academia, cinema, sala de jogos e de música foram feitas para aproximar, não isolar.

Os quartos são relativamente pequenos, porque todas as outras áreas chamam para o convívio”, completa o dono. Ambos dividem os mesmos interesses por arquitetura, arte e design, dos quais são colecionadores.

Um grande pavilhão, então, valoriza ao máximo a relação entre os 1.850 m² de área construída e o verde majestoso. A ampla plataforma pavimentada abriga com conforto o estar, a varanda, os espaços de lazer e a piscina. Delimitando o perímetro externo, a cobertura elevada dá o toque tecnológico à edificação.

Leve, a estrutura se une como um quebra-cabeças de materiais leves e translúcidos, para formar a suave sombra exterior. “O desafio do design de interiores foi transformar essa arquitetura incrível em algo que serviria aos vários propósitos imaginados pela família. Transmitir calor sem perder a funcionalidade e, muito menos, a beleza”, diz Andre Mellone, arquiteto brasileiro radicado em Nova York responsável pelo décor do imóvel.

Segundo ele, foi o momento adequado para reavaliar a coleção de mobiliário que os clientes já possuíam. O acervo continha desde peças de Jorge Zalszupin e Sergio Rodrigues a móveis únicos dos anos 1920, de Pierre Chareau, que pertenceram aos avós do patriarca. “A curadoria foi pensada como um mix de peças realmente especiais – do art déco ao modernismo dos anos 1950, junto a pitadas de itens contemporâneos de novos designers e artistas, assim como os feitos sob medida para cada ambiente”, conta Mellone.

A ambientação da área comum pode ser interpretada como um complemento (ou um elogio) ao enorme jardim, com paisagismo de Raul Pereira. Por lá, a simplicidade e a naturalidade se impõem.

O senso de perenidade e permanência deram o tom das escolhas, avessas a modismos. Certos de seus gostos e desejos pessoais, o casal conseguiu traduzir as suas vontades para guiar, da melhor forma, o restante dos profissionais, sem jamais interferir no trabalho de cada um. “Foi um prazer imenso poder construir essa narrativa ao lado de gente que entende o que está discutindo, que tem cultura sobre o assunto – isso só acrescenta ao resultado final”, define o arquiteto Vinicius Andrade.

A coleção de arte surge como elemento surpresa em meio ao mobiliário autoral. Obras de talentos jovens e internacionais, cuja trajetória se encontra em constante crescimento, são o contraponto para o jogo entre moderno e contemporâneo. Mais um casamento ideal, numa casa repleta deles.

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