“A gente não sabe o que pode ter acontecido. O que sabemos é que a discussão foi por causa de um cavalo. Não tinha ninguém lá, como vamos saber?”, questionou Donizete Viaro, irmão de Devanir, que é também candidato a vice-prefeito da cidade pelo PMDB e presidente da Câmara de Vereadores.
O autor do crime, o capataz Carmo Casturino Machado, 55 anos, preso em flagrante no mesmo dia do assassinato, era amigo das vítimas e considerado por muitos como um homem “tranquilo”. “Ele era conhecido do meu irmão e um homem sossegado”, afirmou Donizete.
As famílias, bastante abaladas, acreditam que as mortes não tenham acontecido por motivos políticos e ainda afirmaram que os índios guarani-kaiowás, que há mais de um mês ocupam duas fazendas na região, não teriam ligação com o assassinato. Cerca de 700 índios reivindicam por terras.
Porém, um parente de Devanir, que preferiu não se identificar, afirmou que a ocupação indígena teria feito Carmo Casturino pedir, recentemente, demissão da fazenda, já que estaria com medo de continuar no local com a família. Mas apesar disso, o clima tenso da ocupação das terras seria a única influência no crime, de acordo com o familiar.
Devanir era genro da dona da fazenda Porto Domingo, onde aconteceu o assassinato. Jorge e Carmo, trabalhavam na propriedade.
Política: Segundo Donizete, o irmão da vítima, logo após o crime, o deputado estadual Geraldo Rezende (PMDB) quis se certificar de que as mortes não tinham envolvimento com a candidatura de Donizete. “Ele me ligou e queria acionar Brasília, mas eu disse que não tinha nada a ver com minha campanha”, contou.
A desconfiança do deputado teria fundamento, já que a campanha na cidade tem sido marcada por ameaças, segundo o candidato do PMDB.
O enterro das vítimas está marcado para às 8 horas desta quinta-feira. Devanir será enterrado em Paranhos, já Jorge Ilário, que era paraguaio, será enterrado no país vizinho.
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