Um dos mais importantes símbolos históricos de MS (Mato Grosso do Sul) em Ponta Porã poderá ter a reforma anunciada em 2015, iniciada ainda neste ano de 2019. Quase quatro anos depois, o assunto voltou a ser pauta no governo do Estado.
À frente da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), a ex-deputada Mara Caseiro, agora presidente da fundação, promoveu na segunda-feira (25/2), uma reunião técnica para discutir sobre a revitalização do edifício que poderá ser transformado em museu.
O Conesul News procurou a presidente na manhã desta quarta-feira (27/2), e foi informado por meio de nota da assessoria da comunicação, que a empresa vencedora do processo licitatório já existe, mas que agora depende da Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos) entregar o projeto arquitetônico.
“O processo licitatório que foi concluído se refere ao projeto arquitetônico de restauração do Castelinho. Ele foi executado com a participação da Agesul utilizando recursos do Funless (Fundo Estadual de Defesa e de Reparação de Interesses Difusos Lesados)”.
Ainda na nota, a reportagem não foi informada sobre quanto custará a obra aos cofres do Estado. Em 2015, o Conesul News chegou a mostrar que o custo da reforma girava em torno de R$ 900 mil, e que deveria ter iniciado em setembro de 2016.
“A empresa vencedora da licitação e responsável pelo projeto se chama Restaura Arquitetura. O repasse de parte do valor do projeto arquitetônico atrasou, em função disso a empresa pediu 71 dias de prazo para e entrega do plano final do Castelinho”, finalizou a nota.
Além da reunião realizada na segunda-feira como mencionado no início desta reportagem, técnicos da Agesul estiveram, segundo assessoria de Mara, no local vistoriando. Amanhã (28/2), a presidente deve vir a Ponta Porã visitar o prédio.
A reportagem também procurou a Agesul para posicionamento quanto ao atraso no repasse de parte do valor e quanto a obra custará de fato, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.
Novela
Vale lembrar que em 2013, o Ministério Público instaurou um inquérito civil para apurar de quem era a responsabilidade pelo prédio que durante décadas foi o mais imponente da região, sendo, inclusive, visitado na década de 40 pelo então presidente Getúlio Vargas, quando ele oficializou Ponta Porã como território federal, e que depois acabou sendo abandonado e corria o risco de ruir.
Em julho de 2015 foi firmado um acordo com o governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura, Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) e prefeitura de Ponta Porã, para a restauração. Foram colocadas escoras nas paredes e tapumes no local.
Procurada, a prefeitura do município declarou que ‘o prédio do Castelinho pertence ao Governo do Estado’.