terça, 23 de abril de 2024
ENTREVISTA

CONESUL RESPONDE: Infectologista tira dúvidas sobre Dengue

26 fevereiro 2019 - 09h30Por Luiz Guilherme

Ponta Porã está em estado de atenção por conta dos casos de Dengue principalmente em alguns bairros da cidade como Grande Marambaia e Ignês Andreazza (zona sul da cidade), Vila Áurea e Ipê II, além do centro, que segundo dados divulgados pela secretaria de saúde do município, apresentam os maiores índices de infestação do mosquito. O índice tolerado pelo Ministério da Saúde é 1%, e a cidade que faz fronteira com o Paraguai está com 3,2%, o que já é considerado um alto risco. 

O Conesul News entrevistou então, o médico infectologista Pablo Marinho Custodio que atende no Hospital Regional de Ponta Porã, e esclareceu pontos importantes sobre a doença. 

Confira a entrevista

Conesul News - Quais os sintomas?

Pablo Marinho – “Os sintomas da Dengue são usualmente febre alta, acima de 38,5 °C associada a dor no corpo, dor nas juntas, dor de cabeça, mal estar e pode haver manchas de pele e até sangramentos”. 

CN - O que fazer quando aparecer os primeiros sintomas?

PM – “Assim que surgirem os primeiros sintomas, procure uma unidade básica de saúde para receber avaliação médica”. 

CN - Qual a diferença entre a Dengue (normal) e Dengue Hemorrágica? Os sintomas são diferentes? Como identificar?

PM – “A diferença é que na dengue Hemorrágica ocorrem sangramentos, esse sangramento se dá na maioria das vezes pela plaqueta baixa. Então quando há manifestações de sangramento, é caracterizado como dengue hemorrágica. A dengue hemorrágica é a manifestação da plaqueta baixa e isso diferencia entre um e outro”. 

CN - Remédios caseiros naturais podem auxiliar a amenizar os sintomas?

PM – “Remédios caseiros podem ser um risco para os pacientes, pois os sangramentos por exemplo, se intensificam em quem usa anti-inflamatórios, seja via oral ou algum tipo de fitoterápicos e muitos desses remédios caseiros atuam sobre o fígado. E na dengue o vírus também passa sobre o figado o que acaba inflamando o fígado ainda mais. Por isso não indicamos a utilização de remédios naturais”. 

Participe

Tem alguma dúvida na área da saúde, economia, educação? Mande para nós pelo número 067 9 9973-5413. Seu questionamento pode virar pauta aqui no Jornal Conesul News, o Primeiro Digital da Fronteira.

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