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CAMPO GRANDE

Família de Gabriela alega erro médico e promete ir à Justiça

07 dezembro 2018 - 10h18Por Da redação

A família da menina Gabriela Ximenes, de dez anos, tem alegado descaso e erro médico em relação à morte da menina. Por isso, familiares estão prometendo ir à justiça para investigar as reais causas da morte da criança. 

"Não vai trazer ela de volta, claro. Mas vai impedir que outras crianças morram do mesmo jeito. Não tem como uma briga na escola terminar em morte", disse o comerciante Célio Vilela, 42 anos, tio da vítima, segundo o Correio do Estado.

Vilela atendeu a imprensa durante o velório de Gabriela, ocorrido na manhã desta sexta-feira (7/12), no Cemitério das Palmeiras, região norte da Capital.

De acordo com o site, a menina foi descrita como "gentil, educada e prestativa". A morte brutal revolta familiares e amigos que consideram uma suceção de erros médicos, descaso, que não identificaram a real condição clínica de Gabriela a tempo de evitar a sua morte.

Para o tio, os erros começaram logo no atendimento. Acionada, a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teria demorao mais de uma hora e meia para chegar. O motivo, contaram aos familiares: a ausência de maca, retida com outra equipe.

Levada à Santa Casa naquela quinta-feira, Gabriela ficou em observação e recebeu alta sem, segundo os familiares, receber qualquer tipo de medicação ou exame mais aprofundado.

Liberada mesmo com reclamando de constantes dores nas pernas e virilha, Gabriela foi levada na segunda-feira (3/12), à Unidade de Pronto Atendimento do Coronel Antonino, onde recebeu uma dosagem de dipirona, na tentativa médica de suavizar as dores.

Gabriela foi encaminhada então à Central de Especialidades Médicas da prefeitura no dia seguinte. Já dizia não sentir as pernas e tinha dificuldades em andar. Teve então os membros imobilizados com uma tala, novamente sem nenhum exame mais detalhado, conta o tio.
     
Sem nova melhora, Gabriela voltou à Santa Casa na quarta (5/12). Foi quando começou a apresentar as paradas cardíacas. A última, às 6h, foi fulminante.

Conforme o Correio do Estado, nem mesmo a escola estará livre de ação, garante Vilela. Segundo ele, as circunstâncias são estranhas. E há testemunhas que garantem que a briga começara dentro da unidade educacional.

Mas qual a motivação. Vilela suspeita de inveja. Dias antes encontrara a sobrinha na porta de uma loja do bairro. Estava triste. Tinha apenas R$ 4 em mãos e queria comprar um presente para a professora.

"Mas tudo nessa loja custa mais de R$ 10 tio", disse ao familiar, que de imediato lhe deu a autorização para que escolhesse o que quisesse pois ele iria pagar.

O relato faz Vilela se emocionar. Descrente que algo tão brutal possa ter ocorrido com uma criança bondosa. Que há seis meses se convertera junto dos familiares ao evangelho e tinha na sua religião os dogmas para uma vida de bondade e carência. Sem dúvida qualidades que os presentes no velório tentaram levar em um mundo a cada mais brutal e não digno de esperança.

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