Depois do assassinato de Lidia Meza Burgos, de 18 anos, no sábado (17/11), no presídio de Assunção, onde o traficante brasileiro, Marcelo Pinheiro Piloto estava preso, foi assassinada com uma faca de cozinha durante uma visita, a polícia do Paraguai abriu uma investigação nesta terça-feira (20/11), para apurar possíveis casos de prostituição de menores no local.
Com base nas informações divulgadas pelo jornal Hoy, jovens estariam entrando no presídio se passando por noivas para visitas íntimas.
O jornal afirmou em reportagem que até mesmo as esposas dos detentos entram nas celas sem dificuldades. O diretor da penitenciária, Blas Martinez confirmou que as visitas existem, mas que eles não sabem se de fato são ou não noivas.
“Existem casos onde as jovens entram como noivas, nós não temos uma estatística dessas visitas, estamos criando um programa que dificultara este tipo de acesso aos centros prisionais, pois pretendemos no menor tempo possível ter o controle dos ingressos e saídas das visitas nas prisões”, disse.
Ainda de acordo com o site, o juiz Marcos Kohn Gallardo, as visitas são permitidas apenas em casos onde exista relação estável e criticou o caso da morte de Lidia.
“O assassinato do último sábado é resultado de uma crise existente nas filas policiais e que explodiu durante o final de semana”, comentou.
Cesar Caballero, advogada da família da jovem morta, pediu que se investigasse o caso com profundidade e se investigue a rede de prostituição que buscam recrutar jovens para visita aos presos nas penitenciárias do país.
De acordo com o Ministério Público paraguaio que já identificou a entrada de 289 menores no interior do sistema prisional, as idades das menores variam entre 13 a 17 anos.
O informe preliminar da Unidade de Trato de Pessoas tem a evidência a alta vulnerabilidade para a integridade física e psicológica das menores que são expostas dessa maneira pela que as investigações seguem e devem alcanças todos os centros penitenciários existentes no país em um curto período de tempo.
