sexta, 26 de abril de 2024
DIPLOMACIA

Bolsonaro diz que Argentina 'escolheu mal' e que não vai parabenizar Fernández

28 outubro 2019 - 09h30Por G 1

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, dia 28 de outubro, que ‘lamenta’ a eleição de Alberto Fernández na Argentina e que não parabenizará o novo presidente do país. “Lamento. Eu não tenho bola de cristal, mas eu acho que a Argentina escolheu mal”, disse o brasileiro ao deixar os Emirados Árabes, onde estava desde sábado (26).

“Não pretendo parabenizá-lo. Agora, não vamos nos indispor. Vamos esperar o tempo para ver qual é a posição real dele na política, porque ele vai assumir, vai tomar pé do que está acontecendo e vamos ver qual linha que ele vai adotar", disse Bolsonaro.

Com a ex-presidente Cristina Kirchner como vice na chapa, Alberto Fernández derrotou o atual mandatário, Mauricio Macri – resultado previsto ainda nas prévias eleitorais de agosto.

Com 97,4% das urnas apuradas, Fernández tinha 48,02% dos votos. Macri, 40,46%.

Ainda de acordo com Bolsonaro, Fernández e Kirchner venceram as eleições porque as reformas propostas por Macri não deram resultado. “Agora, o povo botou no poder quem colocou a Argentina no buraco lá atrás", disse o presidente brasileiro.

Mercosul

Bolsonaro também disse que pretende manter relações bilaterais com a Argentina, mas que os vizinhos podem ser “afastados” do Mercosul se o novo presidente interferir no acordo do bloco com a União Europeia.

“Não digo que sairemos do Mercosul, mas poderemos juntar com o Paraguai. Não sei o que vai o que vai acontecer com o Uruguai, vamos ver o que vai ser nas eleições do Uruguai, e decidimos se a Argentina fere alguma cláusula do acordo ou não. Se ferir, nós podemos afastar a Argentina. A gente espera que nada disso seja necessário. Espero que a Argentina não queira, na questão comercial mudar o seu rumo", afirmou.

Anunciado em julho, após 20 anos de negociação, o acordo foi celebrado pelo governo Bolsonaro como uma maneira de impulsionar a economia do Brasil.

Alguns países, como a França, já sinalizaram que não concordam com os termos da parceria. Fernández defendeu a revisão durante uma visita a Curitiba em agosto, quando esteve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso após condenação na Operação Lava Jato.

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