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22 agosto 2011 - 09h14
Agência Estado


Nas reuniões com dirigentes estaduais e municipais do PMDB Brasil afora, o presidente interino do partido, senador Valdir Raupp (RO), insiste em dizer que todos devem estar preparados para a possibilidade de trabalhar por um candidato da legenda à sucessão da presidente Dilma Rousseff. “Nós temos de construir nomes para a sucessão em 2014”, disse Raupp ao Estado.

“Temos vários, mas outros podem surgir.” Os peemedebistas, que já se movimentam para 2014, têm três nomes neste momento. Um deles é o do vice Michel Temer (SP). Os outros são os do ex-ministro Nelson Jobim (Defesa) e do governador do Rio, Sérgio Cabral.


Por trás dessa defesa da candidatura própria há dois recados do PMDB. Um, dirigido aos peemedebistas descontentes com a forma como julgam estar sendo tratados pelo PT na aliança, com denúncias de corrupção nos ministérios em que atuam. O outro recado é destinado à presidente Dilma Rousseff, uma esfinge que o partido não consegue decifrar.


De acordo com dirigentes do PMDB, o que o partido hoje pergunta é se Dilma é capaz de chefiar uma aliança como a que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conduziu. Será Dilma uma parceira confiável para a manutenção da aliança? Ou será preciso construir alternativas? O PMDB tem queixas quanto ao peso do que seus dirigentes chamam de “chicote do PT”. O partido sempre reivindicou um lugar no conselho político da presidente, para influenciar no dia a dia do governo. Mas não conseguiu. Quis a divisão do governo em partes iguais. O PT não aceitou.


Números. Para mostrar sua importância, o PMDB gosta de exibir números. Tem o vice-presidente, 5 ministros, 5 governadores, 8 vice-governadores, 80 deputados, 20 senadores e 2.324.339 filiados. Ainda assim, tem gente que não acredita que o PT cumpra o acordo pelo qual o deputado Henrique Alves (RN) seja o sucessor de Marco Maia (PT) na presidência da Câmara, em 2013.

Em quase todas as eleições passadas, uma ala do PMDB sempre tentou lançar candidato à Presidência, mas o apego a coligações predominou. Em 2002, fez aliança com o tucano José Serra e a deputada Rita Camata (PMDB-ES) entrou como vice. Dois anos depois, aderiu ao governo Lula, ganhou ministério e estatais. Em 2006, continuou com ele e, em 2010, fez a aliança com Dilma e elegeu o vice-presidente.

Os dissidentes são raros, como o senador Jarbas Vasconcelos (PE). No setor independente estão os senadores Pedro Simon (RS), Luiz Henrique (SC), Casildo Maldaner (SC), Eduardo Braga (AM), Roberto Requião (PR) e Ricardo Ferraço (ES). Se o assunto for um candidato próprio em 2014, eles se unem.

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