O ex-senador Delcídio do Amaral (PTC) teve a absolvição no episódio envolvendo o então diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, mantida pela Quarta Turma do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) nesta segunda-feira (1/7). Além do ex-parlamentar, a medida se estendeu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O plenário da Corte rejeitou recurso do MPF (Ministério Público Federal) apresentado em julho de 2018 contra a absolvição, conforme informou a Revista Veja.
Em 2015, ambos foram acusados de tentar comprar o silêncio de Cerveró, que se tornara delator da Operação Lava Jato.
As conversas, conforme a acusação, teriam partido de determinação de Lula, que pretendia impedir Cerveró de se tornar delator na operação.
Delcídio, o pecuarista José Carlos Bumlai, o ex-advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, o então chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira, e o banqueiro André Esteves estavam entre os acusados, ao lado do ex-presidente, de operar para evitar a colaboração do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, oferecendo R$ 50 mil mensais e influência no Judiciário em prol de sua liberdade.
Por conta da denúncia, Delcídio também chegou a ficar preso por 90 dias e fechou acordo de colaboração com a Lava Jato, sendo solto em fevereiro de 2016.
A sentença da 10ª Vara do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios), em Brasília, assinada pelo juiz Ricardo Leite, havia entendido não haver provas suficientes para manter as acusações, apontando ainda que os pagamentos foram solicitados por Bernardo e Nestor Cerveró de forma premeditada, de forma a preparar um flagrante e, depois, oferecer provas ao Ministério Público –fortalecendo a delação do ex-diretor da estatal.
O ex-senador ainda responde a outras denúncias decorrentes da Lava Jato.