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Agricultores têm dificuldade para conseguir ajuda por causa da seca

31 agosto 2012 - 00h00Por Fonte: G1
O pecuarista Blásio Kipper, de Tunápolis, oeste de Santa Catarina, se queixa que ainda nem conseguiu se recuperar da estiagem do início do ano e está novamente vivendo o pesadelo da falta de chuva na região.

Mesmo fazendo rodízio nos piquetes, Blásio enfrenta dificuldades para alimentar o gado. Em algumas áreas, o pasto está secando, em outras, a altura da pastagem está bem abaixo do esperado. Com prestações de financiamentos atrasadas e a renda mensal em queda, Blásio já vendeu três das 12 vacas que possuía e mais um animal está a venda para quitar as dívidas.

O pecuarista reclama da burocracia existente para que os recursos disponibilizados pelo governo cheguem até os agricultores atingidos pela estiagem. “Foi oferecido, mas não chegou até nós. Isso demora demais. Estamos há seis meses da seca principal e não conseguimos auxílio ainda”, diz.

Eder Walter é outro produtor que se mostra apreensivo com a situação. Sem dinheiro para investir na propriedade e pagar os empréstimos, ele conta que precisava de mais prazo para se reerguer na atividade.

Os produtores da região Sul também questionam algumas medidas emergenciais de ajuda do Governo Federal. Eles reclamam que os R$ 400 pagos pelo Bolsa Estiagem não são suficientes.

Outro problema está relacionado a uma linha especial de crédito de investimento destinado aos pequenos agricultores inscritos no Pronaf. Eles dizem que não conseguem se cadastrar nos bancos para ter acesso ao crédito de até R$ 10 mil com taxa de juros de 1% ao ano e prazo para pagamento em 10 anos.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário informa que as instituições financeiras precisam de prazo para se adequar a essa nova linha. No caso do Banco do Brasil, responsável pela operação de 70% dos recursos, tudo deve estar pronto até o dia 15 de setembro. A partir daí, os agricultores vão poder procurar as agências para entrar com os pedidos de crédito.

Sobre o benefício do Bolsa Estiagem, o Ministério da Integração Nacional diz que isso faz parte de um pacote emergencial e que o valor de R$ 400 foi considerado suficiente pelos vários ministérios envolvidos na questão. (G1)


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