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Incontinência urinária afeta mais de 10 milhões no Brasil

Incontinência urinária afeta mais de 10 milhões no Brasil

17 maio 2012 - 14h00
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Incontinência urinária é a perda involuntária de urina. Para muitas pessoas, este problema é uma fonte de constrangimento e dificuldade social, que costuma ser escondido e não tratado, podendo afetar de forma dramática a qualidade de vida dos pacientes, limitando suas atividades sociais, exercícios físicos e sua vida sexual. Se você tem este problema, você não está sozinho. A incontinência urinária é um problema que afeta mais de 10 milhões de pessoas no Brasil, sendo que em pelo menos 25% dos casos acomete os homens.

O tratamento cirúrgico do câncer de próstata é uma das principais causas de incontinência urinária, em maior ou menor grau. Importante saber que a incontinência urinária é tratável e geralmente curável. Estudos clínicos demonstram que uma abordagem diagnóstica e terapêutica bem feita permite tratar eficientemente a grande maioria dos pacientes. O grau de incontinência urinária pode variar de perda parcial a total do controle da bexiga. Estas perdas involuntárias de urina podem ser em quantidades variadas e a intensidade do problema pode variar com o tempo.

A incontinência urinária decorrente de uma cirurgia na próstata pode ser temporária ou definitiva (que é tratável) e pode ocorrer devido a um problema primário da bexiga ou ao enfraquecimento do esfíncter da uretra, que é responsável por conter a urina. Muitos dos pacientes submetidos a cirurgia para tratamento de câncer de próstata apresentam incontinência urinária temporariamente após a cirurgia. O grau de incontinência varia para cada paciente. Na maioria dos casos, a continência vai melhorando progressivamente durante o primeiro ano após a cirurgia de tal forma que somente 3 a 20% do pacientes irão precisar de tratamento.

Na maioria dos casos, a incontinência urinária decorrente de uma cirurgia na próstata é temporária e auto-limitada. Para os casos em que a continência não melhora espontaneamente, temos algumas modalidades de tratamento, dependendo das características e da gravidade de cada caso. O médico urologista poderá avaliar criteriosamente seu caso, para se chegar ao melhor diagnóstico de seu problema, orientá-lo sobre as chances de tratamento e sobre as melhores alternativas de tratamento possíveis. O uso de fraldas ou outros produtos absorventes (existem produtos absorventes específicos para homens, com o desenho da anatomia masculina) ajudarão o paciente durante o período em que está recuperando a continência.



Tratamento clínico por exercícios de Kegel

Após a cirurgia da próstata, o urologista costuma prescrever para o paciente os exercícios de Kegel, que são destinados a fortalecer os músculos ao redor da base da bexiga e da uretra. Exercitando estes músculos específicos, o paciente poderá melhorar a sua sintomatologia. Estes exercícios devem ser praticados de forma correta para que possa oferecer um melhor resultado. Os resultados destes exercícios geralmente podem ser melhorados com o auxílio de aparelhos de biofeedback, para o paciente aprender corretamente os músculos que devem ser contraídos e aqueles que devem ser relaxados.



Tratamento com medicamentos

Diversas drogas foram desenvolvidas ou estão em desenvolvimento para o tratamento de diferentes tipos de incontinência urinária. Estas diferentes drogas podem atuar primariamente na bexiga, propiciando que ela acomode melhor a urina em seu interior ou podem promover um melhor esvaziamento da mesma. Outra ação destes medicamentos pode ser na contração do esfíncter uretral e do colo vesical. Alguns medicamentos podem melhorar o funcionamento destas estruturas e mecanismos e, por conseguinte, melhorar o controle da continência urinária. Em avaliação criteriosa com o médico urologista, o mesmo conversará com o paciente sobre estes medicamentos, eficiência dos mesmos e possíveis efeitos colaterais.



Tratamento cirúrgico

Os pacientes que continuam com incontinência urinária por muitos meses após a cirurgia na próstata, devido ao enfraquecimento do mecanismo esfincteriano da uretra e que não apresentem uma boa resposta aos tratamentos clínicos e menos invasivos, podem recorrer ao tratamento cirúrgico. O tratamento cirúrgico mais eficiente, com maiores índices de melhora e de cura para a incontinência urinária, são as do tratamento através do implante de "Esfíncter Artificial".

O esfíncter artificial é atualmente considerado o tratamento mais eficiente para pacientes com incontinência urinária por problemas no esfíncter uretral. Além de uma alta eficiência, apresenta também um baixo índice de complicações.

Uma avaliação criteriosa a nível de consultório é fundamental para sabermos a real extensão/dimensão do seu problema e termos a definição do melhor tratamento.

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