sexta, 03 de maio de 2024

Justiça de MS condena 5 envolvidos em escândalo de exploração sexual

18 dezembro 2015 - 10h45Por G1
A 7ª Vara Criminal de Campo Grande condenou nesta quinta-feira (17) cinco acusados de ligação com o escândalo de exploração sexual envolvendo políticos de Mato Grosso do Sul. As penas somadas passam de 57 anos de prisão. A denúncia foi apresentada no dia 30 de abril de 2015.

Os réus foram condenados pelos crimes de extorsão, exploração sexual de vulnerável, corrupção de menores e associação para o crime e tráfico de menor para fins de exploração sexual.

O ex-vereador Alceu Bueno (sem partido) foi condenado a 8 anos e 2 meses de reclusão, em regime fechado, pelo cometimento de dois crimes de exploração sexual de vulnerável. A defesa de Bueno, Fábio Theodoro de Faria, afirmou que ainda não foi intimado, mas já está a par da sentença. “Foi uma sentença proporcional e vamos entrar com recurso de apelação”, pontuou.

O ex-deputado estadual Sérgio Assis (sem partido) considerou a condenação de 6 anos de reclusão, em regime semiaberto, pelo crime de exploração sexual de vulnerável, considerou a decisão absurda. “É um absurdo. Os bandidos mesmo disseram que nunca me viram, está no depoimento”, afirmou. Ele aguarda a publicação da decisão para recorrer.

Luciano Pageu foi condenado a 21 anos, 7 meses e 20 dias de reclusão, em regime fechado, pelos crimes de exploração sexual de vulnerável, corrupção de menores, associação para o crime e por dois crimes de extorsão. O acusado foi absolvido do crime de tráfico de menor para fins de exploração sexual por não haver provas para condenação.


Já Robson Martins foi condenado a pena de 9 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado e o pagamento de 93 dias-multa por dois crimes de extorsão. O réu foi absolvido do crime de associação para o crime por não
haver provas para condenação.

O advogado Ramão Sobral disse que a decisão contra Martins é "totalmente fora". Vamos recorrer sem sombra de dúvida", destacou. Segundo a defesa, a decisão tem 59 laudas.

Por fim, o réu Fabiano Otero foi condenado a 11 anos e 11 meses de reclusão, em regime fechado, pelos crimes de extorsão, exploração sexual de vulnerável, corrupção de menores, associação para o crime e tráfico de menor para fins de exploração sexual.

A pena seria de 23 anos e 10 meses de reclusão, mas foi reduzida pela metade por causa do acordo de delação premiada. O advogado dele, Hamilton Ferreira de Almeida, disse que Otero vai continuar em prisão domiciliar até o trânsito em julgado.

Deixe seu Comentário

Leia Também

SAÚDE

Internações e mortes por influenza e vírus sincicial aumentam no país

EDUCAÇÃO

MEC criará protocolos para combater racismo em escolas

GERAL

Candidato poderá apresentar documento digital no concurso unificado

SAÚDE

Comissão de Saúde debate adoção de prontuário eletrônico único no SUS