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Presidente paraguaio diz que Mercosul virou um "clube de amigos"

Presidente paraguaio diz que Mercosul virou um "clube de amigos"

06 agosto 2012 - 16h40
Terra


O presidente do Paraguai, Federico Franco, afirmou que o Mercosul se transformou em um "clube ideológico de amigos" e acusou a Venezuela de financiar grupos "terroristas" no Paraguai e na Colômbia. O Paraguai "não tem nada contra a Venezuela" e seu "problema" é com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, declarou Franco em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Franco, que como vice-presidente sucedeu Fernando Lugo no poder após sua cassação em um julgamento parlamentar pelo Congresso paraguaio, questionou a aceitação da Venezuela no Mercosul sem a aprovação do poder legislativo de seu país.

A entrada da Venezuela no Mercosul foi aprovada no dia 29 de junho na cúpula do bloco realizada em Mendoza (Argentina) e ratificada no dia 31 de julho em um cúpula extraordinária realizada em Brasília.

Na primeira das reuniões, a presidente Dilma Rousseff e seus colegas do Uruguai, José Mujica, e da Argentina, Cristina Kirchner, também aprovaram a suspensão temporária do Paraguai devido à cassação de Lugo. A oficialização da Venezuela como membro pleno do Mercosul "foi uma decisão totalmente política e não jurídica" e por isso é "absolutamente ilegal", ressaltou Franco, garantindo que o governo de Caracas financia grupos "terroristas" da Colômbia e Paraguai.

Segundo Franco, o autodenominado Exército do Povo Paraguaio (EPP) tem relação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) "que são apoiadas por Caracas". "Esses grupos irregulares, deploráveis e terroristas, fizeram do medo um negócio, sequestrando e matando. Nessas condições, não podemos aceitar a Venezuela", comentou.

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