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Violência contra o idoso cresce 260% em MS

Violência contra o idoso cresce 260% em MS

01 outubro 2012 - 14h20
Perfilnews



De acordo com a coordenadora da casa, Edméa Couto, o idoso, que tem 75 anos, paga até hoje com sua aposentadoria, as dívidas que o filho deixou, quando utilizava o benefício dele. Edméa relata que o idoso chegou muito triste no local, e que agora é alegre. “Minha profissão é comer e dormir”, brincou o velhinho.

Outro idoso, Odir Leite Penteado, 84 anos, ao contrário do primeiro, tem filhos e netos que vão visitá-lo na moradia. Já sofreu violência financeira de pessoas conhecidas, mas preferiu não entrar em maiores detalhes sobre o assunto. Quanto sua atual vida, ele gosta. “Aqui é tranquilo. A alimentação é simples, mas gostosa. Tem dias pra sair”, falou.

Segundo Edméa, a maioria dos idosos da casa sofreu abandono dos parentes. Casos de violência são apenas dois na casa. “Mas o idoso não denuncia o próprio filho, sempre é outra pessoa quem faz isso”, informou. Ela citou um caso de uma idosa que foi toda machucada pelo filho, drogado, e que na presença de um juiz, negou a violência sofrida.

No dia 1º de outubro comemora-se o dia nacional e internacional do idoso.

NEGLIGÊNCIA

O tipo mais comum de violência sofrida pelos idosos é a negligência, onde 63% das pessoas de maior idade já sofreram. A violência psicológica vem em segundo lugar, com 59% dos casos citados; seguido da violência financeira, com 45%, e por último a violência física, que representa 40% dos casos citados.

O número de vítimas é predominantemente do sexo feminino, com 65% dos casos, do sexo masculino são 28% dos casos, e sexo não informado ficou com 6%.

O Estatuto do Idoso prevê até três anos de prisão para quem abandono um idoso. No caso de agressão física, até quatro anos. O problema é que casas acolhedoras como essa são raras no Brasil. Segundo a SDH, existem hoje 218 asilos públicos em todo o País.

FUTURO

Em um futuro próximo, todos os países o enfrentarão o envelhecimento populacional. O Brasil assiste a uma redução proporcional da população jovem e a um aumento na proporção e no número absoluto de idosos. O Estatuto do Idoso e a Política Nacional do Idoso definem como população idosa aquela com 60 anos ou mais.

(*) Com informações de Correio do Estado

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