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27/11/2012 13h50

27/11/2012 13h50

27 novembro 2012 - 13h50
Mercosulnews

A Folia de Reis é uma tradição popular vinda de Portugal no século 18. Ao longo do tempo, esta tradição foi se perdendo em muitos lugares, mas não em Ponta Porã no Mato Grosso do Sul, fronteira com o Paraguai.

A comissão organizadora, liderada pelo sargento aposentado da policia militar e radialista Antonio Morato, está fazendo vários contatos com entidades e associações, para realizar a maior festa do Estado.

Há 22 anos, estes apaixonados pela tradição reúnem os foliões que começam a peregrinação na véspera da noite de Natal e seguem até 6 de janeiro. Este ano, o diferencial será um almoço oferecido para os fiéis na linha internacional entre Ponta Porã-Brasil e Pedro Juan Caballero-Paraguai.

A comissão está em contato permanente com as igrejas católicas de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, também já manteve conversas com a Associação Comercial, Clube de imprensa, Associação de Cabos e Soldados da PM, Moto Clube Ponta Porã, Equipe Explode Car e varias empresas.

A bandeira, símbolo maior da companhia, é um objeto sagrado para os foliões por isso tem todo um ritual na hora de transferir para outra pessoa, o folião que aceitar a bandeira, tem que zelar, cuidar e proteger durante sete anos.

Os foliões pretendem visitar mais de quatrocentas residências, além das igrejas católicas matriz de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero.

E la vem o grupo especial de músicos e cantadores, trajando fardamento colorido, entoando versos que anunciam o nascimento do Menino Jesus e homenageiam os Reis Magos. Durante as visitas e cantorias nas casas, o grupo arrecada alimentos (oferendas) para a grande festa de encerramento que acontece no dia seis de janeiro, dia de Santo Reis.

Mestre Antônio Morato é um amante da cultura e todos os anos ele busca apoio da comunidade, do comércio e de autoridades para manter esta tradição que vem passando de geração em geraçã. No grupo ele é mestre, violeiro e cantor.

Historia: A Folia de Reis é uma festa religiosa de origem portuguesa, que chegou ao Brasil no século XVIII. Em Portugal, em meados do século XVII, tinha a principal finalidade de divertir o povo, enquanto aqui no Brasil, passou a ter um caráter mais religioso do que de diversão.

No período de 24 de dezembro, véspera de Natal, a 6 de janeiro, Dia de Reis, um grupo de cantadores e instrumentistas percorre a cidade entoando versos relativos à visita dos Reis Magos ao Menino Jesus. Passam de porta em porta em busca de oferendas, que podem variar de um prato de comida a uma simples xícara de café.

A Folia de Reis, herdada dos colonizadores portugueses e desenvolvida aqui com características próprias, é manifestação de rara beleza. Os preciosos versos são preservados de geração em geração por tradição oral.

INSTRUMENTOS: os instrumentos utilizados são: viola, violão, sanfona, reco-reco, chocalho, cavaquinho, triângulo, pandeiro e outros instrumentos.

PERSONAGENS: os personagens somam doze pessoas e todos os integrantes do grupo trajam roupas bastante coloridas, sendo eles: mestre, contramestre, os três reis magos, palhaço e foliões.
O Mestre e Contramestre: donos de conhecimentos sobre a manifestação são aqueles que comandam os foliões.

O Palhaço: com seu jeito cínico e dissimulado, deve proteger o Menino Jesus, confundindo os soldados de Herodes. O seu jeito alegre e suas vestimentas coloridas são responsáveis pela distração e divertimento de quem assiste à apresentação. Representando o mal, usa geralmente máscara confeccionada com pele de animal e vai sempre afastado um pouco da formação normal da folia, nunca se adiantando à "bandeira". Apesar de seu simbolismo, é personagem alegre, que dança e improvisa versos, criando momentos de grande descontração.

Os Foliões: grupo composto de homens simples, geralmente de origem rural; são os participantes da festa que dão exemplo grandioso através de sua cantoria de fé.

Reis Magos: os três reis magos fazem a viagem da esperança, certos de encontrarem sua estrela.

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