Quarenta assentados de Mato Grosso do Sul deverão iniciar o curso de Engenharia Agronômica em agosto 2016. A proposta do projeto pedagógico do curso foi entregue ao superintendente da autarquia, Sidney Ferreira de Almeida, em Campo Grande, pelos professores Edson Talarico Rodrigues e Walteir Betoni, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). O curso terá duração de cinco anos e será realizado pela UEMS no campus da unidade de Glória de Dourados. O vestibular deverá acontecer em junho ou julho de 2016 e dele participarão apenas os assentados, seus cônjuges e filhos.
Como acontece com a maior parte dos cursos oferecidos aos assentados do País, o curso de Agronomia obedecerá ao formato da pedagogia da alternância que prevê parte da carga horária no campus universitário, neste caso, 70%, e parte, os 30% restantes, em práticas nos assentamentos.
Segundo Almeida, o curso vai preencher uma lacuna na formação educacional dos assentados de Mato Grosso do Sul. “Vai atender a uma antiga reivindicação dos assentados e dos movimentos sociais. É o curso que a maioria das famílias desejava para os seus filhos”, afirma Sidney. “Com um agrônomo trabalhando permanentemente nos projetos nos assentamentos a perspectiva de sucesso é muito maior”, completa.
Para o professor Walteir Betoni, gerente da unidade de Glória de Dourados, a perspectiva da UEMS é de que outras turmas venham suceder a esta primeira. “São 30 mil famílias assentadas no estado, portanto há demanda para muitos profissionais de agronomia nos assentamentos de Mato Grosso do Sul”.
A proposta da UEMS será encaminhada para a Comissão Pedagógica do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) para análise e aprovação. Com informações da Assessoria de Comunicação Social do Incra/MS.