terça, 08 de outubro de 2024

Polícia e Receita denunciam baixo efetivo para fiscalizar fronteiras

24 maio 2012 - 18h36Por Dourados Agora
A Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Receita Federal deflagaram ontem a Operação Padrão. O objetivo é reivindicar melhores condições trabalho, sobretudo a contratação imediata de mais policiais para ajudar a fiscalizar os 16,8 mil quilômetros de fronteiras no País. O efetivo atual é insuficiente para controlar a entrada e saída de pessoas, de mercadorias e de veículos.

O Dia Nacional de Mobilização em Defesa das Fronteiras do Brasil é uma mobilização em nível nacional promovida pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef); Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita) e a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fenaprf).

A Operação Padrão em Mato Grosso do Sul aconteceu em Corumbá, Dourados, Navirai e Ponta Porã. Em Dourados a barreira foi realizada no quilômetro 67 da BR 267. Houve quilômetros de congestionamento, porém os policiais contaram com apoio de condutores que apoiam as reivindicações, consideradas justas.

A operação iniciou às 8h e durou cerca de três horas. O diretor de Divulgação do Sindicato da PRF, Charles Frugule Moreira, informou que centenas de veículos, entre veículos, ônibus e caminhões foram fiscalizados e houve várias autuações. Também foram cobrados equipamentos obrigatórios, documentação, estado de conservação e excesso de peso.

A Receita Federal também apreendeu produtos contrabandeados.
Policiais federais que estavam de folga participaram da operação que faz parte do calendário de mobilização nacional, pela reabertura da mesa de negociações com o Governo Federal.

No período da tarde, das 13h30 às 17h, a Operação Padrão foi realizada na região do Posto Capey, em Ponta Porã. A ação aconteceu também em outras regiões da fronteira do Brasil com o Bolívia, Uruguai, Paraguai, Argentina, Venezuela, Guiana, Peru, Guiana Francesa e Colômbia.

Está é a segunda Operação padrão este ano. O prazo final para negociação e a resposta do Governo Federal é 31 de junho. Até lá os policias e os fiscais da Receita continuam em campanha.

ABANDONO

Além do escasso efetivo, o movimento denuncia o número reduzido de postos de fiscalização nas fronteiras, o que dificulta o trabalho de vigilância e controle nessa faixa do território nacional. São 108 unidades, 31 postos da Receita Federal, 18 da Polícia Federal e 59 unidades da PRF. Em vários pontos há apenas um servidor público para controlar a entrada e saída de pessoas, veículos e mercadorias. Instalações precárias, falta de viaturas, de armamentos, de equipamentos de proteção e de sistemas eficientes de comunicação complementam o cenário de abandono.

De acordo com os sindicatos das categorias, a situação ainda é mais critica porque, além da repressão e fiscalização, esses mesmos servidores atuam em atividades como migração, controle de mercadorias, despachos de importações e exportação, atendimento a turista, combate ao tráfico de menores, ao crime ambiental, socorro de vítimas de acidentes e controle de trânsito em rodovias. Hoje o Brasil conta com pouco mais de 1.500 agentes da Polícia Federal, analistas tributários da Receita Federal e policiais rodoviários federais.

Deixe seu Comentário

Leia Também

GERAL

Três Lagoas sedia a 3ª divisão dos Jogos Escolares da Juventude de MS

POLÍTICA

Lula sanciona lei para ampliar produção de combustíveis sustentáveis

SAÚDE

Governo cria grupo técnico de compras para regularizar estoques do Hospital Regional

GERAL

Notas do CNU já estão disponíveis para consulta