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Problema com falta de água se agrava na reserva e atinge 70% das casas

13 maio 2016 - 12h51Por Fonte: douradosnews
A falta de água, que é um problema recorrente na Reserva Indígena de Dourados, se agravou esta semana. Segundo o líder indígena terena Silvio de Leão, um problema no sistema de abastecimento em área que atinge 70% das casas das aldeias fez com que o serviço ficasse prejudicado por parte da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena).

Segundo ele, a falta de água dura boa parte do dia e, em alguns momentos, "aparece" nas torneiras. Quando isso acontece, os índios aproveitam para armazenar, porque nunca sabem quando vai surgir água novamente. "O poço que tem aqui não dá conta de atender todo mundo, tem que trocar e fazer um novo", afirmou o líder indígena.

O líder pontua que o problema é recorrente na vida dos indígenas, mas que se agravou esta semana devido ao problema no sistema de abastecimento. Como isso inclui uma área em que estão implantadas escolas indígenas, a questão chegou a prejudicar a realização de aulas.

O índio terena Rubens Rosário Pinheiro, diretor adjunto da Escola Municipal Tengatuí Marangatu, que fica na aldeia Jaguapiru, informou ao Dourados News que faltou água na escola nesta quinta-feira (12), mas não por tempo suficiente para precisar dispensar os alunos,

No entanto, ele conta que o problema é frequente e que na semana passada, a instituição precisou dispensar os alunos por duas vezes por conta do problema. "Nesses dias não tinha água mesmo, aí não teve jeito de manter todos aqui", contou.

O diretor adjunto relata que o ideal seria a implantação de um poço específico para atender a escola, já que há muita circulação de pessoas pelo local. "O poço aqui da comunidade sempre dá problema", relata.

O Dourados News entrou em contato com a Sesai através da assessoria de comunicação, porém não foi enviada resposta até a publicação desta reportagem.

ANTIGO

O problema com a falta de água nas aldeias de Dourados é antigo. Em outubro de 2014 o Dourados News foi até a Reserva Indígena do município e constatou famílias que precisavam caminhar por horas sob sol de quase 40ºC, para conseguir abastecer galões com água em tanques utilizados para a piscicultura.

Na época, a Sesai também foi procurada e não se posicionou sobre o fato.

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