Procurador-geral decidirá se oferece denúncia a 11 vereadores por corrupção
04 dezembro 2015 - 17h33Por Fonte: correiodoestado
O procurador-geral do Ministério Público do Estado (MPE), Humberto de Mattos Brites, recebeu, na tarde desta sexta-feira (04), o relatório final sobre as investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) no contexto da operação Coffee Break, que concluiu que houve envolvimento de vereadores e empresários em suposta compra de votos que terminou na cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), em março do ano passado.
Apesar de não revelar nomes, o promotor de Justiça e coordenador do Gaeco, Marcos Alex Veras, adiantou que haverá surpresas. “Pessoas que não estavam citadas como investigadas, mas identificamos a participação delas”, afirmou.
O relatório liga o nome de 11 vereadores aos crimes de corrupção passiva (8 vereadores e 1 ex vereador), corrupção ativa (7 pessoas, sendo 3 vereadores e 4 empresários) e formação de quadrilha. Outras oito pessoas ligadas ao ramo empresarial e político também estão no relatório.
O documento, elaborado no decorrer de quatro meses de investigação, tem 245 folhas. As investigações começaram a partir da operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal.
PRISÃO
Conforme o promotor Marcos Alex, existem elementos para que seja feito pedidos de prisão e afastamento. “Fica a critério do procurador-geral”.
PRÓXIMO PASSO
Com o relatório em mãos, o procurador-geral tem três opções: ele pode aceitar e oferecer denúncia (processo na Justiça), pedir a complementação da investigação ou arquivar o caso sem denunciar ninguém.