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MS

Substituição de trigo por fécula de mandioca não prejudica alimentação

Mudança foi publicada no Diário Oficial de MS de quinta-feira (5)

10 maio 2016 - 14h05Por Fonte: correiodoestado
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) aprovou lei que determina a utilização de fécula de mandioca, o polvilho, em substituição à farinha de trigo nos alimentos servidos aos alunos da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul. Apesar de ser "mais pobre" em termos nutricionais, o produto não é prejudicial.

De acordo com a nutricionista Elda Regina de Ávila, nos quesitos proteína, vitamina e fibra, a fécula perde para a farinha de trigo. "Mas a gente tem que considerar que não vai comprometer de forma significativa a nutrição das crianças porque não é a única refeição do dia delas e existem outras fontes proteicas como o leite, por exemplo".

Elda avalia ainda que essa mudança é economicamente viável. "Se fosse substituir 100% eu diria que não tem cabimento, mas nessa proporção de 20% as perdas nutricionais não são tão grandes", diz. "A fécula tem outros elementos importantes e que vão contribuir para alimentação do indivíduo. Malefícios não existem".

A LEI

A determinação foi publicada no Diário Oficial do Estado do dia 5 e já está valendo. Conforme o texto, "poderá haver a adição de 20% de fécula de mandioca no preparo de alimentos que integrem a alimentação escolar dos alunos da Rede Estadual do Ensino".

Ainda conforme a publicação, o amido de mandioca deverá ser "sem acidez, obtido por processo industrial ou artesanal em unidades familiares cadastradas no âmbito da agricultura familiar".

A IDEIA

O projeto foi idealizado pelo deputado estadual Renato Câmara (PMDB), com a intenção de estimular o consumo do produto no Estado. Isto porque o setor da mandioca passa por crise desde o fim de 2014, quando o preço de produção da tonelada ficou 40% maior que o valor pago pelos compradores.

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