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Polícia

Vítima de magia negra,menino passa por cirurgia e pode perder a visão

24 fevereiro 2016 - 11h18Por Fonte: correiodoestado
A criança de 4 anos e 8 meses que era vítima de rituais de magia negra praticados por parentes que tinham sua guarda segue internada na Santa Casa de Campo Grande. Segundo o hospital, o menino passa por procedimento cirúrgico e pode perder a visão.

Segundo nota do hospital divulgada nesta manhã (24), a criança foi levada para o pronto-socorro da Santa Casa na tarde de ontem e ainda está na sala de emergência da pediatria.
Ele passa por procedimento de drenagem cirúrgica de abscesso extenso na orelha esquerda. Equipe de cirurgia plástica já avaliou a criança, assim como equipe de oftalmologia, que confirmou possibilidade de comprometimento visual.
Sinais de queimadura também estão no rosto e no pescoço do menino.

O CASO

De acordo com a Polícia Militar, a criança já estava sendo monitorada pelo Conselho Tutelar, provavelmente depois de denúncias e, na tarde de ontem, equipe foi até a casa onde a criança vivia, na Rua Maracaju, no Centro da Capital.

Uma mulher de 31 anos e um homem de 46, que são parentes da criança, tinham a guarda do menino desde maio do ano passado. Eles confessaram para a polícia que torturam a criança com ajuda de um sobrinho, de 18 anos. Os três eram praticantes da Umbanda Negra e acreditavam que com os rituais de tortura, trariam prosperidade para a família.

A polícia só chegou a até o casal depois que enfermeiros da Santa Casa acionaram os militares, em razão dos graves ferimentos que a criança tinha.
Segundo a PM, foram constatados ferimentos como: múltiplas queimaduras no rosto, lesões por socos e pancadas na face, que podem ter causado perda da visão dos dois olhos, hematomas nas costas, dilatação do abdômen, cicatrizes antigas, inchaço na região escrotal. Uma das unhas do pé da criança também foi arrancada.

O casal foi preso e encaminhado para delegacia da cidade. Chegando lá, foi constatado que o homem tinha mandado de prisão em aberto e que a guarda da criança foi expedida em maio do ano passado, por decisão de juíza da Capital depois que a mãe abandonou o menino.
O caso será investigado pela Polícia Civil.

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