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Brasil repete roteiro infeliz diante de carrascos da Argentina e é eliminado em Londres

08 agosto 2012 - 17h05
Uol

O mesmo roteiro de seguidas partidas decisivas contra a Argentina nos últimos anos se repetiu nesta quarta-feira na quadra da arena O2, em Londres. A seleção conseguiu alguns bons momentos, começou na frente, viu seu líder Marcelinho Huertas inspirado, mas novamente sucumbiu diante da melhor geração da história dos rivais. Com a derrota por 82 a 77 no clássico sul-americano nas quartas de final, a equipe de Rubén Magnano se despede dos Jogos Olímpicos sem o sonho de jogar por uma medalha.

Exaltada na fase de grupos, a defesa brasileira teve sua pior apresentação na Olimpíada nesta quarta-feira. Com instantes de apatia, o Brasil também mostrou inferioridade no jogo emocional em quadra, em disputa que teve o experiente Manu Ginóbili dando as cartas. Apesar do sopro de reação no último período, a desclassificação não pôde ser evitada.

Por sua vez, após a vitória no clássico contra os brasileiros, a Argentina agora espera a definição do adversário na semifinal olímpica, que acontece na sexta. O rival virá do confronto entre Estados Unidos e Austrália, que acontece ainda na noite desta quarta-feira.

No clássico sul-americano em Londres, os argentinos lutavam para ir à semifinal olímpica pela terceira edição seguida (ouro em Apenas e bronze em Pequim), enquanto que os brasileiros tentavam voltar a este estágio da competição pela primeira vez desde os Jogos de 1968. Mas nem a presença do técnico que levou os rivais ao título olímpico de 2004 conseguiu quebrar a série de derrotas no clássico.

Brasileiros e argentinos levaram à quadra olímpica lembranças de duelos recentes, como o das quartas de final do Mundial da Turquia de 2010, quando a equipe de Ginóbili e companhia venceu apertado por 93 a 89, mas soube decidir nos minutos finais (com grande atuação de Luis Scola). Outros encontros importantes dos últimos anos tiveram os maiores rivais com o sorriso no fim.

Dificuldade brasileira em partidas recentes, a tarefa de marcar Scola começou complicada no primeiro período. No entanto a seleção conseguiu forçar já duas faltas do pivô no período, e o astro teve que ser preservado no banco, pelo menos por alguns minutos.

Mesmo assim, o time nacional encontrou dificuldade também contra Leonardo Gutierrez no garrafão e ainda sofreu diante da ação dos rivais da linha de três, com Manu Ginóbili e Carlos Delfino.

Os brasileiros ganharam o tapa inicial do meio da quadra e inauguraram o placar com Huertas. Scola respondeu logo em seguida no primeiro ataque argentino. Em seguida, a seleção conseguiu desgarrar no placar com uma bola de três de Marcelinho e boas ações defensivas, que provocaram alguns erros dos adversários.

Mas Carlos Delfino começou a acertar a mão da linha dos três em dois ataques seguidos e virou o marcador. Huertas respondeu à altura com dois tiros de fora também. Assim, com seu armador chamando o jogo (13 pontos), o Brasil fechou a parcial na frente por 26 a 23.

Em seguida Ginóbili e Delfino encararam a linha de três no começo do segundo quarto, com certa liberdade, e mandaram a Argentina para o comando do placar. Enquanto isso, a seleção desperdiçou ataques seguidos, dois deles nas mãos de Larry Taylor.

Nos minutos finais antes do intervalo, Nenê teve dificuldade no garrafão de defesa contra Gutierrez, enquanto que na frente o time continuava perdendo ataques debaixo da cesta, com Alex e companhia. Assim, em momento de baixa na partida, o time de Magnano foi para o intervalo seis pontos atrás (46 a 40).

O time voltou para o terceiro período aparentemente fora de sintonia. Após uma falta de ataque de Nenê e com dez pontos abaixo no placar, Magnano pediu tempo e tentou incitar uma reação. Mas a seleção seguiu afobada para definir na frente e viu a Argentina fechar a parcial com vantagem de 64 a 54.

Apesar da garra e disposição de Leandrinho nas infiltrações, a seleção conseguiu descontar apenas alguns pontos (chegou a ficar só 2 abaixo), mas foi vendo os argentinos controlarem o relógio, com sua torcida cantando sem parar na arena, até a vitória ser consumada.

Assim a seleção de Rubén Magnano se despede da Olimpíada, com a campanha que inclui, além da derrota para os argentinos, a segunda colocação em seu grupo na primeira fase, com vitórias sobre Austrália, Grã-Bretanha, China e Espanha, e apenas um revés por um ponto de diferença para a Rússia.

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