sexta, 26 de abril de 2024

Banda larga somará incentivo de R$ 4 bilhões

Banda larga somará incentivo de R$ 4 bilhões

13 setembro 2011 - 10h19Por Folha.com
O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) anunciou que chegou a um acordo com o seu colega Guido Mantega (Fazenda) para eliminação da cobrança de PIS/Cofins na implantação de novas redes de telecomunicação. O objetivo é acelerar a oferta de banda larga no interior do país.

Segundo o ministro, a renúncia fiscal pode chegar a R$ 4 bilhões em quatro anos. Para se beneficiar do incentivo nas grandes cidades, as empresas terão de construir redes em áreas pobres e distantes dos centros urbanos.

Bernardo disse que a proposta pode ser aprovada, ainda nesta semana, pela presidente Dilma Rousseff, por medida provisória. A isenção de PIS/Cofins deve abranger não só a compra de equipamentos e dos cabos de fibra óptica, mas também os investimentos de construção civil.

Pelos cálculos do Ministério das Comunicações, serão necessários investimentos de R$ 70 milhões na construção de redes até 2014.

Segundo Bernardo, a isenção de imposto levaria as empresas a antecipar investimentos de R$ 20 bilhões.

O anúncio foi feito na abertura do Futurecom, congresso e feira de telecomunicações em São Paulo.

TELES APLAUDEM

O presidente da Oi, Francisco Valim, disse que a isenção de PIS/Cofins "é música para os ouvidos".

Pouco antes do anúncio, os presidentes das principais teles criticaram a carga tributária, e Valim defendeu que todas as empresas do setor --e não apenas as concessionárias-- fiquem sujeitas a metas de atendimento em áreas consideradas distantes.

Ex-presidente da Net, Valim disse que não há igualdade de competição no setor e que a Net é beneficiada por ser a única a oferecer TV paga, internet e telefonia fixa no mesmo pacote. A lei que autoriza as concessionárias a oferecer TV a cabo ainda não foi sancionada.

O mercado da TV paga deve duplicar até o fim do governo Dilma, passando dos atuais 11 milhões para 22 milhões de assinantes, quando a nova lei entrar em vigor.

O presidente da Telefônica no Brasil, Antonio Carlos Valente, elogiou a redução de imposto, mas criticou as contrapartidas. "O governo não deve desonerar criando um novo ônus", afirmou.

Para ele, a isenção terá efeitos positivos em cadeia, e reduzirá os preços para o consumidor.

O governo conta também com o aumento do serviço de internet por banda larga no país com a nova legislação. "Acreditamos que pelo menos um terço dos assinantes de TV paga no país contratem também internet rápida por banda larga com a nova lei", afirmou Bernardo.

Deixe seu Comentário

Leia Também

CONSUMIDOR

Projeto prevê interrupção imediata de cobrança de serviço não prestado sem motivo

JUSTIÇA

STF tem placar de 3 a 0 para manter derrubada da desoneração da folha

POLÍTICA

Brasil retoma produção de insulina capaz de suprir demanda nacional

EDUCAÇÃO

Prazo para pedir isenção da taxa de inscrição do Enem termina hoje