A quantidade de famílias sem dívidas no país aumentou na passagem de novembro para dezembro e atingiu a marca de 56,1% do total, segundo o IEF (Índice de Expectativa das Famílias) divulgado nesta quinta-feira (5) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

A pesquisa leva em conta a opinião de brasileiros de 3.810 residências de 200 cidades de todos os Estados e do Distrito Federal.

As famílias do Centro-Oeste são as menos endividadas do país: nove em cada dez brasileiros moradores da região disseram não ter nenhuma conta atrasada. Na segunda posição ficou o Sudeste, onde 67,2% dos habitantes não têm débitos em aberto.

Por outro lado, as famílias do Nordeste são as mais endividadas: 14,6% afirmaram estar “enforcadas” com as dívidas em novembro. A média brasileira de superendividados ficou em 8%.

Endividados

Apesar do crescimento do número de brasileiros sem débitos, os consumidores que têm dívidas sentiram no bolso o aumento do valor pendente. Em novembro, a dívida média era de R$ 4.345 e passou para R$ 4.679 em dezembro – uma elevação de 7,6% em apenas um mês e o quinto maior valor do ano.

A maioria dos endividados – quase um em cada quatro pessoas - possui pendências que vão de duas a cinco vezes a renda mensal. Isso quer dizer que um trabalhador endividado, que ganha R$ 2.000,

O estudo mostrou ainda que a quantidade de pessoas que não vai dar conta de quitar os débitos aumentou. Agora, 36,6% dos envidados dizem que não serão capazes de acertar as contas atrasadas – em novembro, eram 33,8%.

Por outro lado, diminuiu o número de pessoas que vai pagar integralmente as dívidas: em dezembro, 13,2% das famílias brasileiras afirmaram que querem pagar tudo o que devem, quase cinco pontos percentuais a menos que o registrado em novembro.

A maioria, porém, disse que vai pagar apenas parte do que deve: 47,8% das famílias endividadas – ou quase a metade – se encaixam nesta faixa.